O governo italiano declarou esta quarta-feira o "estado de emergência" por 12 meses em Génova, onde na terça-feira a queda de um viaduto matou pelo menos 39 pessoas, e vai prestar um primeiro apoio de cinco milhões de euros.."Nós ouvimos o pedido do presidente da região e decretámos o estado de emergência por 12 meses", declarou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, à imprensa, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que decorreu em Génova (noroeste de Itália)..O governo italiano também desbloqueou uma verba de cinco milhões de euros do fundo de emergência nacional, adiantou o chefe do executivo italiano.."Este é um primeiro passo do governo face a esta tragédia", comentou Conte..O executivo vai também declarar um dia de luto nacional, mas o primeiro-ministro referiu que o dia está ainda por determinar, já que o objetivo é que coincida com os funerais das vítimas..O balanço mais recente das autoridades italianas dá conta de 39 mortos e 16 feridos..De acordo com a delegação do Governo em Génova, 37 das vítimas mortais estão já identificadas, enquanto estão a ser realizados exames de ADN a outros dois mortos..Dos 16 feridos, 12 continuam em estado grave..O acidente ocorreu na terça-feira, cerca das 12.00 horas locais (11.00 em Lisboa), quando caiu um troço de cerca de 100 metros da ponte Morandi, que tem um quilómetro de longitude e uma altura de 90 metros, soterrando vários veículos..As equipas de socorro continuam no local e procuram retirar os escombros o mais depressa possível, um trabalho complicado que se prolongará durante os próximos dias, indicou a Cruz Vermelha, em comunicado..O ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, exigiu a demissão da direção da empresa Autostrade per l'Italia, filial da Atlantia e responsável pela gestão da ponte, enquanto a concessionária assegurou que o viaduto estava sujeito a controlos periódicos, sujeitos às normas do país.