Depois das críticas, Trump volta a colocar bandeira a meia haste
Mesmo após a morte, McCain parecia continuar a ser o maior rival de Donald Trump. Pelo menos, isso parecia ser o sinal que o presidente americano estava a dar aos americanos ao não deixar a bandeira da Casa Branca continuar a meia haste até ao funeral do senador, no próximo domingo. A bandeira voltou ao topo logo na manhã desta segunda-feira, mas as críticas na comunicação social não se fizeram esperar e, a meio da tarde, voltou a meia haste.
Trump explica em comunicado que: "Apesar das nossas diferenças em política, eu respeito o serviço do senador John McCain ao nosso país e, em sua honra, assinei uma proclamação para levar a bandeira dos EUA a meia haste até ao dia do seu enterro."
Mas esta proclamação chega 48 horas depois da morte do senador republicano, sábado de manhã. Até aqui, Trump tinha-se recusado a fazer qualquer declaração sobre o homem que o criticou ferozmente. A imagem de braços caídos e o silêncio à pergunta dos jornalistas sobre o legado de McCain correu mundo. Trump tinha apenas registado a morte do republicano através do Twitter, mas não abordou o seu legado.
De acordo com os jornais americanos, faz parte do Código das Bandeiras que esta permaneça a meia haste desde a morte até ao funeral de um senador e no dia da morte e até ao dia seguinte para um membro do congresso. No governo de Obama, esta regra foi seguida, pelo menos, no caso de morte de três senadores.
A situação levou legisladores, políticos, a criticarem, mais uma vez, Donald Trump, acusando-o de não estar a respeitar e a honrar a morte de McCain. O funeral do senador republicano, que morreu no seu rancho no Arizona, está marcado para domingo.
A rivalidade entre Trump e McCain agudizou-se nos últimos tempos, tendo o senador inclusivamente deixado recados diretos ao atual presidente numa carta de despedida que deixou para ser revelada após a sua morte: