Ataque de forças afegãs e dos EUA terá matado 40 civis, anunciam autoridades locais

Mulheres e crianças são a maioria das vítimas mortais do ataque de domingo contra uma cerimónia de casamento numa área dominada pelos talibãs.
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Pelo menos 40 civis morreram numa festa de casamento realizada domingo no Afeganistão, na sequência de um ataque das forças especiais apoiado pelos EUA a esconderijos de talibãs na província de Helmand, anunciaram esta segunda-feira as autoridades afegãs.

O ataque aconteceu numa altura em que o Afeganistão enfrenta um aumento da violência, após o fracasso das negociações de paz entre os EUA e os talibãs no início deste mês.

A maioria dos mortos são mulheres e crianças, que estavam numa cerimónia de casamento, no distrito de Musa Qala, referiu um deputado municipal, Abdul Majed Akhund.

De acordo com a mesma fonte, outros 12 civis ficaram feridos e foram levados para o hospital de Lashkar Gah, na capital da província.

O número de mortos e de feridos é diferente consoante as fontes, avisa a agência de notícias Associated Press, lembrando que aquela área está sob controlo talibã.

Segundo o líder do conselho da província, Attahullah Afghan, houve dois ataques separados em diferentes áreas de Musa Qala, tendo no primeiro morrido seis combatentes estrangeiros e o segundo atingido alguns civis "por engano".

O ministério da Defesa do Afeganistão refere, em comunicado, que um ataque no distrito de Musa Qala provocou a morte de 22 talibãs estrangeiros e a detenção de outros 14, adiantando que entre os presos contam-se cinco cidadãos paquistaneses e um do Bangladesh.

Já o porta-voz do governador da província, Omar Zwak, afirmou que 14 insurgentes, incluindo seis estrangeiros, foram mortos durante um ataque.

O raide aconteceu após um ataque de drones registado na semana passada na província de Nangarhar, no leste do Afeganistão, cuja responsabilidade foi atribuída às forças norte-americanas, e que matou pelo menos 16 pessoas e feriu dezenas de outras, a maioria das quais civis.

As forças dos EUA disseram que o ataque tinha como alvo membros do grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico.

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