Hollande: "A França chora mas é forte e será sempre mais forte do que os fanáticos"
O Presidente francês lamentou ontem, num discurso feito de madrugada, as dezenas de pessoas que foram massacradas na marginal de Nice, num ataque que o chefe de Estado considerou um atentado terrorista.
"A França foi atacada no dia da sua festa nacional, o 14 de Julho, porque os direitos do homem são odiados pelos fanáticos", disse François Hollande. "Depois de Paris, é toda a França que está sob ameaça do terrorismo islâmico", afirmou um pouco mais à frente.
Depois de lamentar a morte das cerca de 80 pessoas, que "apenas queriam festejar o 14 de Julho e foram massacradas", e de expressar a sua solidariedade para com todas as vítimas, o Presidente francês disse que, nas presentes circunstâncias, é preciso "demonstrar vigilância absoluta e determinação".
De seguida, enumerou várias medidas de reforço de segurança que vão entrar em vigor de imediato. "Vamos mobilizar mais 10 mil militares e gendarmes e foram chamados os elementos na reserva, para virem apoiar os efetivos das forças de segurança", revelou François Hollande. "Precisamos de todos eles, sobretudo para controlar as fronteiras", explicou o chefe de Estado.
Hollande anunciou ainda que o Estado de Emergência em França, que devia terminar no dia 26 de julho, será prolongado por mais três meses.
"Ninguém nos fará ceder na nossa vontade de lutar contra o terrorismo e vamos continuar a atacar aqueles que justamente nos atacam no nosso próprio país", garantiu o Presidente francês.
"A França chora mas é forte e será sempre mais forte do que os fanáticos", concluiu.