Haddad, o plano B de Lula, é acusado de corrupção
Fernando Haddad, atual candidato a vice-presidente pelo Partido dos Trabalhadores, e possível substituto de Lula da Silva, caso se confirme que o antigo presidente não possa concorrer, é o mais recente político brasileiro a contas com a justiça.
Segundo o procurador Marcelo Batlouni Mendroni, Haddad é suspeito de ter recebido da empresa UTC Empreiteira 2,6 milhões de reais enquanto presidente da Câmara de São Paulo e que terão servido para pagar dívidas ca campanha eleitoral de 2012.
"Solicitou e recebeu indiretamente vantagem indevida de 2,6 milhões de reais. Depois, agiu por interpostas pessoas de forma a dissimular a natureza, a origem, a localização e a movimentação dos valores provenientes, direta e indiretamente, daquela infração penal", lê-se na acusação, citada pelo Estado de São Paulo.
Esta investigação nasceu de outra sobre a empresa de construção UTC, de Ricardo Pessoa, ligada à Lava-Jato.
Além de Haddad e Pessoa, foram ainda acusados o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o operacional Alberto Youssef (o "doleiro"), o antigo deputado estadual do PT Francisco Carlos de Souza, Chicão, e o ex-diretor financeiro da construtora Walmir Pinheiro.
Esta não é a primeira acusação do Ministério Público contra Haddad. No dia 27 de agosto foi movida uma ação em que o político é acusado de enriquecimento ilícito e é pedida a perda de direitos políticos, isto é, que se possa candidatar a cargos políticos.
Segundo as últimas sondagens, em caso de Haddad concorrer no lugar de Lula, seria o quinto classificado, com cerca de 4% de intenções de voto.