Há quem tenha saudades e encomende comida de avião mesmo com os pés em terra
Mesmo com muitos aviões em terra devido às restrições nas viagens para conter a propagação do novo coronavírus, há quem queira consumir a comida servida a bordo, apesar de nem sequer levantar voo.
A refeição servida no avião pode não ter uma grande legião de fãs, mas há quem goste mesmo. A pensar nesses clientes, companhias áreas que estão a vender em regime de takeaway a comida que serviriam a 30 mil metros de altitude. Refeições fornecidas durante as viagens aéreas que são agora disponibilizadas a quem usa os transportes terrestres para viajar.
É o que tem feito a Thai Airways. Em abril, num momento crítico da pandemia de covid-19, a companhia aérea da Tailândia começou a anunciar caixas de refeição. Já a Cathay Pacific, com sede em Hong Kong, está a vender refeições aos funcionários do aeroporto e a companhia aérea da Indonésia, a Garuda, também optou por fornecer este serviço aos clientes que estão em terra.
A refeição "é servida como se estivesse num voo", afirmou Rubi Haliman, de Tangerang, na Indonésia, que, de acordo com o The Guardian, já encomendou quatro refeições da Aerofood ACS, a empresa de catering que trabalha com a Garuda.
Enquanto não volta a fazer uma viagem aérea, o que acha que só deverá acontecer no próximo ano, Rubi opta pela refeição servida no avião, sem ter de entrar num aparelho. Diz que a comida sabe melhor em terra, mas não é a mesma "sensação de comer no céu".
Esta é uma forma que as companhias aéreas e os fornecedores encontraram para fazer face à crise que afeta o setor, um dos mais atingidos devido às medidas restritivas impostas por vários países para travar a disseminação do novo coronavírus. Até porque, mesmo com o desconfinamento, e a retoma das viagens de avião, há fortes limitações no fornecimento de refeições e nas vendas a bordo nos aviões.
Devido às restrições nas viagens aéreas provocadas pela pandemia, a empresa que fornece os frutos secos servidos nos aviões da American Airlines, por exemplo, ficou com um excedente de cerca de 50 mil quilos.
Uma das medidas que a companhia aérea norte-americana implementou devido ao novo coronavírus foi suspender a entrega de nozes, cajus e outros frutos secos aos seus clientes durante os voos. Agora a GNS Nuts optou por vender os seus pacotes de frutos secos online.
Também a companhia aérea australiana Qantas Airways ficou com excedentes em pijamas da classe executiva, pacotes de chá, chocolates e outros snacks. Produtos que a empresa acabou por vender em vários kits.