Há 18 requerentes de asilo entre os suspeitos de ataque em massa a mulheres
Há 18 requerentes de asilo entre os suspeitos de terem participado no ataque a centenas de mulheres na noite de passagem de ano em Colónia, na Alemanha, revelou hoje o porta-voz do ministro do Interior alemão.
A polícia identificou 31 indivíduos pelo nome, os quais foram interrogados. Desses, nove eram argelinos, oito marroquinos, cinco iranianos, quatro sírios, dois alemães, um iraquiano, um sérvio e um norte-americano.
Também hoje, o vice-chanceler alemão e presidente do Partido Social Democrata (SPD), Sigmar Gabriel, afirmou que apoia a expulsão dos refugiados que sejam condenados, em declarações publicadas no diário Bild.
"Agora estamos a estudar todas as opções legais para o regresso ao seu país de origem dos requerentes de asilo que cometem crimes", disse Sigmar Gabriel, que também é ministro da Economia e Energia na coligação.
Atualmente, apenas os refugiados com penas de mais de dois anos de prisão podem ser expulsos para o seu país de origem, de acordo com a lei alemã.
Segundo Sigmar Gabriel, o processo de expulsão de requerentes de asilo e os refugiados deve ser melhorado e a condenação mais rápida e mais eficiente.
Ontem, a chanceler Angela Merkel tinha prometido uma ação firme após o "intolerável"ataque da paddagemd e ano, em que cerca de 120 mulheres foram ameaçadas ou atacadas sexualmente na praça da catedral de Colónia.
Um fenómeno que não foi caso único. Desde que este caso foi conhecido, soube-se de outros, nomeadamente em Zurique, Suíça, e em Helsínquia, Finlândia.
A polícia finlandesa anunciou hoje um nível anormalmente elevado de abuso sexual em Helsínquia na noite da passagem de ano e revelou que foi avisada sobre planos de grupos de requerentes de asilo para abusarem sexualmente de mulheres.
Os seguranças contratados para patrulhar a cidade na noite da passagem de ano disseram à polícia que tinha havido "abuso sexual generalizado" numa praça central onde cerca de 20.000 pessoas se concentraram para celebrar o novo ano.
A polícia de Zurique também anunciou que várias mulheres denunciaram ter sido vítimas de agressões sexuais durante a noite de passagem do ano naquela cidade suíça.
"É um cenário quase idêntico" ao que se passou em Colónia e em outras cidades alemãs, referiu, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz da polícia, Margo Cortesi. O representante da polícia de Zurique sublinhou, no entanto, que o número de vítimas não é comparável com as dezenas de mulheres em Colónia que alegam ter sido agredidas por migrantes.