Governo polaco diz que não cederá a pressões da UE
"Ninguém deve pensar que iremos fazer concessões", declarou o chefe do governo polaco, acrescentando que o seu partido "foi atacado por nada"
O chefe do partido conservador polaco no poder Direito e Justiça (Pis), Jaroslaw Kaczynski, disse hoje, a dois dias do debate no Parlamento Europeu sobre a Polónia, que o governo polaco não cederá a "pressões" da União Europeia.
"Devemos seguir e nosso caminho e não ceder a quaisquer pressões" da União Europeia, disse Kaczynski numa entrevista ao jornal conservador Rzeczpospolita.
As suas propostas devem ser publicadas na íntegra na segunda-feira, mas alguns excertos foram publicados hoje no site do jornal na Internet.
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"Ninguém deve pensar que iremos fazer concessões", declarou o chefe do governo polaco, acrescentando que o seu partido "foi atacado por nada".
Refutou ainda acusações de quem diz que a democracia polaca está em perigo.
"Dizer que a democracia está em perigo na Polónia é ridículo", frisou.
Está previsto, para terça-feira, um debate em Estrasburgo sobre a situação política na Polónia face às inquietações decorrentes de decisões controversas tomadas pelos conservadores, nomeadamente sobre o Tribunal Constitucional onde cinco novos juízes foram substituídos pelo novo governo.
As nomeações para as direções da televisão e da rádio pública que foram confiadas ao ministro do Tesouro serão também alvo de debate.
Um eventual voto do Parlamento Europeu sobre sanções à Polónia "não obterá a unanimidade, pelo que encerrará a questão", disse Kaczynski referindo-se ao apoio do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban às posições polacas.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, vai estar a partir de hoje à tarde em Bruxelas onde, na segunda-feira, se deverá encontrar com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.