Governador de Nova Iorque recebe um Emmy pelas conferências de imprensa

"Os 111 <em>briefings</em> diários do governador funcionaram tão bem porque ele criou efetivamente <em>shows</em> televisivos, com personagens, gráficos e histórias de sucesso e fracasso", justificou o presidente da Academia sobre o Emmy que vai ser dado a Andrew Cuomo
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O governador do estado de Nova Iorque, o democrata Andrew Cuomo, vai ser distinguido com um Emmy pela Academia Internacional de Artes e Ciências Televisivas pelas suas conferências de imprensa diárias sobre a pandemia do novo coronavirus.

A Academia, cujos membros incluem personalidades da comunicação social e do entretenimento de cerca de 60 países e 500 empresas, anunciou na sexta-feira os seus planos de dar um International Emmy a Cuomo, durante um evento a transmitir ao vivo na segunda-feira.

O presidente da Academia, Bruce L. Paisner, disse que Cuomo vai ser distinguido com o Prémio dos Fundadores, por usar os seus 'briefings' para informar e acalmar o público.

Este galardão já foi entregue a pessoas como Al Gore, Oprah Winfrey e Steven Spielberg.

"Os 111 briefings diários do governador funcionaram tão bem porque ele criou efetivamente shows televisivos, como personagens, gráficos e histórias de sucesso e fracasso", argumentou Paisner.

"Pessoas de todo o mundo sintonizavam para ver o que estava a acontecer e Nova Iorque tornou-se um símbolo da determinação de lutar", acrescentou.

Cuomo usou as suas mais de 100 apresentações assentes em 'slides', exibidos através do 'Powerpoint', e no seu estilo, por vezes emotivo, por vezes cortante, para dar atualizações diárias e detalhar os esforços da sua administração para proteger a economia e evitar a concretização de previsões de 100 mil pessoas hospitalizadas em simultâneo.

A pandemia teve um pico na primeira metade de abril, quando cerca de 18 mil pessoas estiveram hospitalizadas em simultâneo e os hospitais e casas de saúde reportavam 800 mortes por dia.

Nova Iorque já registou, pelo menos, 34 187 mortes associadas à covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins e está agora a ter menos mortes e hospitalizações do que na primavera.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (252 555) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 11,7 milhões).

Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (168.613 mortos, mais de 6 milhões de casos), a Índia (132.162 mortos, mais de 9 milhões de infetados), o México (100.104, mais de um milhão infetados) e o Reino Unido (54.286 mortos, mais de 1,4 milhões de casos).

A França, com mais de 2,1 milhões de casos (48 265 mortos), é o quarto país do mundo em número de infetados, depois de EUA, Índia e Brasil, seguindo-se a Rússia (mais de 2 milhões de casos, 35 311 mortos), a Espanha (mais de 1,5 milhões de casos, 42 619 mortos) e a Argentina (mais de 1,3 milhões de casos, 36 532 mortos).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,3 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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