G7 sem acordo sobre sanções à Rússia por apoio à Síria

Os chefes da diplomacia dos países mais industrializados do mundo não conseguiram consenso na reunião de hoje em Itália

Não houve acordo na reunião desta manhã em Itália entre os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 para eventuais sanções à Rússia pelo seu apoio ao regime do presidente sírio.

A ideia foi lançada pelo chefe da diplomacia britânico, Boris Johnson, mas não reuniu consenso. De acordo com o primeiro-ministro italiano, Angelino Alfano, isolar ou punir a Rússia "seria errado" e a posição do G7 é muito clara: manter as sanções já existentes.

No entanto, de acordo com o que afirmou o ministro francês, todos concordam que Bashar al-Assad não pode fazer parte do futuro da Síria.

O secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson fez um ultimato à Rússia: ou fica do lado dos Estados Unidos e dos outros países que têm a mesma opinião relativamente à Síria, ou fica do lado do Irão, do Hezbollah e de Bashar al-Assad.

O chefe da diplomacia de Donald Trump, que falava à margem do encontro de ministros do G-7 em Lucca, na região italiana da Toscânia, considerou não ser claro se a Rússia não assumiu as suas obrigações em relação à Síria ou se não foi capaz de o fazer, mas acrescentou que "isso não interessa muito aos mortos".

Sobre o ataque do exército sírio com armas químicas da semana passada, que fez 86 mortos e desencadeou uma operação militar dos Estados Unidos contra uma base aérea do regime, Tillerson afirmou: "Não podemos deixar que volte a acontecer".

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse na reunião de segunda-feira que o seu país vai punir "todos aqueles" que cometam "crimes contra pessoas inocentes".

Tillerson, que segue hoje para a primeira visita a Moscovo, afirmou que os EUA não veem qualquer papel futuro para Bashar al-Assad na Síria.

O encontro na cidade de Lucca, na Toscânia, junta os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI): Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Japão, Canadá e da anfitriã Itália, para além da representação da União Europeia. Em 2014 a Rússia foi expulsa do grupo na sequência da anexação da Crimeia.

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