Francisco Assis condena morte de vereador brasileiro Paulo Teixeira
Uma semana depois da vereadora e ativista Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes terem sido mortos a tiro no Rio de Janeiro, é assassinado na mesma situação o vereador suplente Paulo Texeira.
De acordo com a Polícia Militar, Paulo Henrique Dourado Teixeira estava de carro quando foi atingido por vários tiros que lhe tiraram a vida. Uma outra pessoa que o acompanhava sofreu ferimentos ligeiros.
Franciso Assis, eurodeputado do PS e presidente da Delegação para as relações com o Mercosul, já condenou mais esta morte, apontando o dedo em nome do Parlamento Europeu à escalada de violência que tem assolado o Brasil.
"Não conhecia o vereador, mas aqui no Parlamento Europeu estamos a seguir com atenção esta violência terrível que vem a aumentar desde o ano passado", disse ao DN.
Preocupado com o facto de serem "os direitos humanos os mais afetados", Francisco Assis reconhece que, principalmente o Rio de Janeiro está a sofrer com "o narcotráfico" e com a "incapacidade das forças de segurança e do governo".
Recorde-se que há uma mês que o estado do Rio de Janeiro está sob intervenção federal (por decisão do Presidente Michel Temer) por questões de segurança. Esta decisão implica a mobilização e destacamento de militares nas ruas da cidade como forma de manter a ordem pública.
A União Europeia não está indiferente à situação e promete ficar atenta. "A União Europeia demostra o seu descontentamento e toma uma posição quer na perseguição dos culpados, como na persecução da segurança das populações".
Assim, recebida a notícia deste novo assassinato, Francisco Assis promete falar com ativistas brasileiros e políticos procurando articular uma posição conjunta que expresse a insatisfação contra a política brasileira, tal como as muitas manifestações que têm ocorrido um pouco por tudo o Brasil e por Portugal.
Quem era o vereador brasileiro assassinado
Paulo Teixeira foi nomeado para o Conselho em 2016 pelo Partido Trabalhista do Brasil (PTB) na lista do deputado regional Renato Cozzolino. Ele recebeu 536 votos e era vereador suplente no Conselho de Magé.
O crime ocorreu uma semana após a morte, no centro do Rio de Janeiro, da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Marielle Franco, uma crítica da intervenção militar na segurança no Rio de Janeiro e caracterizada pelo seu ativismo como defensora dos direitos humanos, tinha condenado a violência policial um dia antes do crime.