FBI volta a investigar e-mails de Hillary Clinton
Diretor do FBI diz ser preciso determinar se novos e-mails contêm ou não informação classificada. Notícia surge 11 dias antes das eleições
O diretor do FBI indicou esta sexta-feira que a agência vai abrir uma investigação a novos e-mails que surgiram e que estão relacionados com o uso de um servidor pessoal por parte de Hillary Clinton quando esta era secretária de Estado dos Estados Unidos. O objetivo, disse James Comey, é determinar se os e-mails contêm ou não informação considerada classificada.
Os novos e-mails foram descobertos após as autoridades apreenderem dispositivos de Huma Abedi, assistente de Hillary Clinton, e do marido, o congressista Anthony Weiner. Os agentes federais procuravam mensagens com conteúdo sexual que o congressista americano teria trocado com uma jovem de 15 anos, numa investigação que não está relacionada com Clinton, quando encontraram os e-mails, segundo o New York Times.
Numa carta enviada ao presidente do comité dos republicanos na Câmara dos Representantes, James Comey afirmou não ser possível prever quando tempo levará o FBI a fazer a sua análise, noticiou esta tarde a agência noticiosa Reuters.
A notícia, que surge 11 dias antes das eleições para a Casa Branca, que Clinton disputa com Donald Trump, foi bem recebida pelo candidato republicano. "A corrupção de Hillary Clinton é numa escala que nunca vimos antes. Não podemos deixá-la levar o seu esquema criminal para a Sala Oval. Tenho grande respeito pelo facto de o FBI e o Departamento de Justiça estarem agora dispostos a ter a coragem de corrigir o horrível erro que fizeram", disse Trump num comício.
O Departamento de Estado já disse que vai cooperar com o FBI, embora acrescente que não de momento informação adicional.
Com Lusa
