FBI diz que não encontrou nada de errado nos emails de Hillary Clinton
O diretor do FBI, James Comey, comunicou este domingo ao Congresso norte-americano que não foram encontrados elementos que alterem a anterior decisão de não acusar Hillary Clinton por qualquer ato criminal no já famoso caso dos emails.
O caso ganhou novas proporções há 11 dias quando Comey comunicou aos legisladores que o FBI estava a investigar milhares de emails encontrados no computador de Anthony Weiner, o ex-marido da assessora de Clinton Huma Abedin.
Weiner está a sob investigação num processo sem relação com as presidenciais - é suspeito de ter enviado fotos de índole sexual a uma menor - mas como partilhava com a mulher o computador em causa os inspetores terão encontrado nele cópias e emails de Hillary Clinton.
Em causa está o facto de a agora candidata democrata à Casa Branca ter enviado, quando era Secretária de Estado, várias comunicações através de um sistema de email privado. Na investigação ao caso que se seguiu, concluiu-se que algumas dezenas de milhares destes documentos tinham entretanto sido apagados.
Ainda assim, o FBI concluiu em julho que não havia quaisquer motivos para acusar criminalmente Hillary Clinton.
Na carta enviada ao Congresso este domingo, revelada pelos media internacionais, o diretor da polícia federal afirma que "baseado na nossa análise, não alteramos as conclusões de julho".
A campanha de Hillary Clinton já reagiu a esta notícia. O porta-voz Brian Fallon utilizou o Twitter para dizer: "Sempre estivemos confiantes que nada iria mudar a decisão de julho. Agora o diretor Comey confirmou-o".
Como esta decisão poderá influenciar o resultado das eleições da próxima terça-feira é, no entanto, um mistério. Um político próximo da campanha de Hillary Clinton afirmou à CNN, no entanto, que "não é possível desfazer os estragos dos últimos dias" provocados pela decisão de voltar a investigar o assunto.
"Abriu uma ferida que não sarará rapidamente", disse.