FARC desiste das presidenciais pelo estado de saúde de 'Timochenko'

Rodrigo Londoño, o ex-líder da guerrilha que era o candidato às eleições de 27 de maio, foi submetido a uma operação ao coração.
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As FARC (ex-guerrilha colombiana transformada em partido político) desistiu de participar nas presidenciais da Colômbia, depois de o seu líder e candidato, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, ter sido submetido a uma operação ao coração na quarta-feira.

Timochenko, de 56 anos, está a recuperar de uma cirurgia de coração aberto na clínica Shaio, em Bogotá, estando estável. A evolução é positiva, segundo os médicos. O ex-líder da guerrilha tinha sido hospitalizado há uma semana depois de ter sentido dores fortes no peito. Durante as negociações de paz com o governo colombiano, que decorreram em Cuba, Timochenko já tinha sido operado ao coração.

"Depois da cirurgia de ontem, junto com as já assinaladas características da contenda eleitoral, levaram-nos a renunciar à candidatura presidencial. A Timo e Imelda [Daza, candidata a vice-presidente] agradecemos terem aceitado a candidatura, conhecedores ambos dos limites estruturais que têm as forças alternativas para o exercício da política e a participação eleitoral", segundo um comunicado do partido, a Força Alternativa Revolucionária Comum (que mantém a mesma sigla das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

O partido vai estudar agora que candidato apoiar nas presidenciais. As FARC mantêm contudo as candidaturas para deputados e senadores nas eleições deste domingo, defendendo "uma bancada robusta que trabalhará sem descanso pelos propósitos de paz democrática com justiça social".

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