Facebook admite erro ao censurar nudez em pintura
Uma reprodução do quadro "La Liberté guidant le peuple", de Eugène Delacroix, foi censurada pelo Facebook. Na pintura, usada para promover uma peça de teatro, vê-se uma mulher com o peito descoberto a segurar a bandeira francesa. Agora a rede social criada por Mark Zuckerberg fez um mea culpa.
O Facebook admitiu que foi um erro censurar a imagem, uma reprodução da obra do século XIX. "'La Liberté quidant le peuple' tem direito ao seu lugar no Facebook. Informamos imediatamente o utilizador de que a sua publicidade patrocinada é agora aprovada", afirmou, em comunicado, o gerente da rede social em Paris, Elodie Larcis.
"Para proteger a integridade do nosso serviço, verificamos milhões de imagens publicitárias a cada semana e, às vezes, cometemos erros", justificou-se o Facebook.
Jocelyn Fiorina, diretor da peça "Coups de Feu" usou uma reprodução da obra de Eugéne Delacroix, para promover online o espetáculo que estreou na capital francesa.
"Quinze minutos depois do lançamento da publicidade, a administração [da rede social] bloqueou a nossa divulgação dizendo que não se podia publicar nus", contou Fiorina. Após a censura, o diretor da peça de teatro publicou um novo anúncio com a mensagem "Censurado pelo Facebook", que cobria os seios da mulher.
A figura feminina no quadro de Delacroix representa Marianne, símbolo da república francesa.