Estado Islâmico reivindica atentados em duas igrejas coptas do Egipto
O grupo extremista Estado Islâmico (EL) reivindicou hoje os dois atentados no Egito em igrejas coptas, uma minoria cristã no país
"As equipas do Estado Islâmico realizaram ataques contra duas igrejas em Tanta e em Alexandria", indicou a agência de propaganda do EI, numa comunicação divulgada em redes sociais e citada por agências internacionais de notícias.
O balanço do número de vítimas mortais da primeira explosão junto a uma igreja na cidade de Tanta, a norte do Cairo, subiu para 26, havendo também 71 pessoas feridas.
Magdi Awad, chefe do serviço de ambulâncias, confirmou a informação relativa à explosão de uma bomba quando os fiéis celebravam o Domingo de Ramos.
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A segunda bomba explodiu numa igreja copta em Alexandria, Egito, deixando pelo menos 11 mortos e 35 feridos, incidente que ocorreu horas depois de uma primeira explosão também numa igreja copta na cidade de Tanta.
"Uma explosão na Igreja Mar Morcos em Alexandria (...) vários feridos", indicou uma televisão do Estado.
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Os cristãos copta significam cerca de 10% da população do Egito e são frequentemente alvo de ataques por parte dos extremistas islâmicos.
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O papa Francisco, que visitará o Egipto a 28 e 29 de abril, condenou hoje o atentado no interior de uma igreja cristã copta na cidade egípcia de Tanta, ao norte do Cairo.
Francisco pediu que "[Deus] converta o coração das pessoas que semeiam o terror, a violência e a morte".
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O papa também expressou as suas condolências às famílias das vítimas, aos feridos e aos egípcios, assegurando-lhes que estão nas suas orações, momentos antes de rezar o Angelus na praça de São Pedro, no Vaticano.
Francisco presidiu hoje a celebração litúrgica tradicional do Domingo de Ramos, dando início aos ritos da Semana Santa.
O Vaticano anunciou oficialmente três visitas de Francisco para o ano corrente.
Uma dessas visitas será a Fátima, por ocasião do centenário das "aparições" de 13 de maio de 1917. Francisco estará em território português nos próximos dias 12 e 13 de maio.
Jorge Bergoglio é esperado no Egito a 28 e 29 de abril, e na Colômbia, em setembro.
A reação da França
O presidente francês, François Hollande, manifestou hoje solidariedade com o Egipto, após o atentado no interior de uma igreja cristã copta na cidade egípcia de Tanta, norte do Cairo.
Numa declaração escrita, após o ataque de hoje, Hollande afirmou que "mais uma vez, o Egipto é atingido por terroristas que querem destruir sua unidade e diversidade".
Hollande sublinhou que a França "mobiliza todas as suas forças em articulação com as autoridades egípcias na luta contra o terrorismo" e enviou condolências às famílias das vítimas.
"Expresso o nosso profundo pesar"
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, condenou hoje os ataques à bomba em duas igrejas cristãs coptas no Egito.
"Em meu nome e do governo português, condeno aqui os ataques no Egipto e expresso o nosso profundo pesar pelas vítimas", escreveu António Costa na sua conta no Twitter.
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Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu também que "o Governo Português condena firmemente os atentados que hoje causaram a morte a mais de 20 pessoas e feriram pelo menos 70 que se encontravam reunidas para celebrar o Domingo de Ramos nas igrejas coptas de Mar Gigis, em Tanta, e de São Marcos, em Alexandria, no Egito".
Hamas condenou o ataque
"O Hamas deseja segurança, estabilidade e prosperidade para o Egito e para o seu povo", disse o porta-voz do movimento Fawzi Barhoum, descrevendo o ataque à igreja como "um crime".
O Hamas assumiu a gestão da Faixa de Gaza em 2007 depois de ter destituído forças leais ao presidente palestino Mahmoud Abbas e Israel e o Egito impuseram um bloqueio a Gaza, onde vivem cerca de dois milhões de pessoas, desde que o grupo Hamas tomou conta do território.
[Notícia em atualização]