Explosão faz dezenas de feridos na cidade turca de Van

A explosão ocorreu perto dos escritórios do partido no poder, o AKP, e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão está a ser responsabilizado pelo atentado
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Dezanove pessoas, incluindo dois polícias, ficaram hoje feridas na explosão de uma viatura armadilhada na cidade turca de Van, anunciou um deputado do partido no poder, segundo a AFP. Já o gabinete do governador da cidade de Van afirmou aos jornalistas que são 48 os feridos, segundo a AP.

O ataque ocorreu no centro de uma cidade movimentada, entre os escritórios do partido no poder e os do governador, acrescentou Besir Atalay, deputado do AKP de Van.

"É uma rua movimentada, o centro da avenida. Temos 19 feridos, incluindo dois polícias, e um dos feridos está em estado crítico", disse Atalay à televisão privada NTV, citado pela AFP.

Não é claro quem está por detrás da explosão, que ocorreu no primeiro dia da festa muçulmana do Eid Al-Adha, ou Festa do Sacrifício.

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Atalay responsabilizou o partido ilegal PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), classificado como grupo terrorista pela Turquia e pelos seus aliados ocidentais

Testemunhas contaram que a força da explosão destruiu janelas nas redondezas e muitas ambulâncias foram enviadas para o local.

A televisão mostrou imagens de um canhão de água a ser usado para apagar um incêndio provocado pela explosão.

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Van, uma cidade que reúne população curda e turca nas margens do lago com o mesmo nome, tem sido poupada aos ataques que se registam em cidades como Diyarbakir.

A cidade é um destino turístico popular, particularmente para os iranianos, que atravessam a fronteira para ali fazerem compras e aproveitarem o ambiente descontraído.

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O incidente surge depois de, no domingo, o Governo anunciou o afastamento de 28 prefeitos, maioritariamente por alegadas ligações ao partido ilegal PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), numa medida fortemente criticada pelos partidos pró-curdos.

Ancara tem apertado a sua campanha militar no sudeste do país para erradicar os militantes do PKK, que têm lançado ataques quase diários desde a rutura de um frágil cessar-fogo no ano passado.

Dezenas de milhares de pessoas foram mortas desde que o PKK iniciou a sua luta, em 1984, para criar um Estado independente para a minoria curda da Turquia.

A Turquia também lançou uma operação no interior da Síria contra o grupo Estado Islâmico, assim como para expulsar as milícias curdas sírias da sua fronteira.

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