Ex-rei da Bélgica reúne-se pela primeira vez com a filha reconhecida pelo tribunal
Delphine só foi reconhecida em outubro como sendo filha de Alberto II, após uma longa batalha judicial.
O antigo rei da Bélfica, Alberto II, e a mulher, Paola, reuniram-se com a filha do ex-monarca, cuja paternidade foi recentemente reconhecida após uma longa batalha judicial, segundo um comunicado do palácio.
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Oficialmente designada como princesa Delphine, a filha de Alberto II já se tinha encontrado com o seu meio-irmão Filipe, atual rei dos Belgas, e no domingo, segundo o comunicado, reuniu-se com o pai, o que o palácio considera "os primeiros passos de uma via de reconciliação".
"Após os tumultos, as feridas e o sofrimento, vem o tempo do perdão, da cura e da reconciliação", refere ainda o comunicado.
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Delphine foi reconhecida em outubro como sendo filha de Alberto II, após uma longa batalha judicial.
Em janeiro, depois de ter negado constantemente ser o pai biológico de Delphine, o antigo rei fez um teste de ADN, reconheceu-a como filha e declarou que não voltaria a contestar a paternidade, oficialmente decretada por um tribunal de Bruxelas em 01 de outubro.
Alberto II abdicou do título de rei dos Belgas em julho de 2013, tendo-lhe sucedido o seu filho Filipe.
Delphine Boël, 52 anos, tornou-se Delphine Saxe-Cobourg depois de o tribunal de apelação de Bruxelas confirmar os resultados de um teste de ADN no passado mês de outubro
Foi a conclusão de um caso que se arrastava há anos e que tinha levado, em janeiro, o antigo monarca, que reinou entre 1993 e 2013, a decidir "acabar com esse doloroso processo de forma honrada e digna", assumindo ser o pai da artista. Mas a confirmação legal só chegou agora em Bruxelas.
Delphine Boël, uma artista plástica de 52 anos, reclamava que nasceu de um longo caso nas décadas de 1960 e 1970 entre a sua mãe, Sibylle de Sélys Longchamps, e Alberto, então príncipe herdeiro, casado desde 1959 com Paola Ruffo di Calabria.
O ex-soberano de 86 anos, que é o pai do atual rei, Philippe, negou durante anos a paternidade. Alberto admitia apenas publicamente ter passado por uma crise conjugal com Paola na época do caso vivido com Sibylle de Sélys Longchamps.
Em 2013, após o fracasso de uma tentativa de conciliação, Delphine Boël decidiu levar o caso aos tribunais. Instaurou um processo judicial para contestar a paternidade por parte de Jacques Boël, que a reconheceu como sua filha, com o objetivo de avançar com um processo de reconhecimento de paternidade por parte do rei Alberto II.
Jacques Boël não contestou a ação de Delphine, depois de um teste de ADN ter revelado que ele realmente não era o pai biológico da artista plástica. Embora o tribunal de primeira instância tenha decidido, em março de 2017, que Jacques Boël era o pai legal de Delphine, dado que eles se comportaram como pai e filha durante anos, o tribunal de relação contrariou a sentença de primeira instância e decidiu que Jacques não poderia ser considerado o pai legal.