EUA incluem funcionário das secretas venezuelanas na "lista negra" de narcotraficantes

A medida foi anunciada pelo Departamento do Tesouro dos EUA
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OS EUA incluíram hoje um funcionário do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin, serviços secretos) da Venezuela e um antigo homem de confiança do falecido presidente Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013), na "lista negra" de narcotraficantes.

A medida foi anunciada pelo Departamento do Tesouro dos EUA (DT), através da página na Internet, que identifica o funcionário dos serviços secretos como Pedro Luís Martín Olivares e como Hugo Armando Carvajal Barrios, o homem de confiança do falecido líder socialista. Ambos são ainda acusados de branqueamento de capitais.

Por outro lado, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, vão ser aplicadas sanções a Walter Alexander Del Nogal Márquez e a Mário António Rodríguez Espinoza, por alegadamente terem proporcionado ajuda financeira e tecnológica a Pedro Luís Martín Olivares, para as suas atividades de narcotráfico.

O documento explica que o DT sancionou ainda 20 empresas na Venezuela e no Panamá, propriedade destes três últimos indivíduos aos quais as autoridades norte-americanas decidiram bloquear os ativos que têm nos EUA.

Em abril de 2015, Pedro Luís Martín Olivares, foi declarado culpado, por um juiz de Flórida, de conspirar deliberadamente para distribuir uma substância controlada nos EUA, a bordo de uma aeronave norte-americana.

O acusado teria usado o seu cargo e aceitado subornos de traficantes de droga que operavam na Venezuela e na Colômbia, como parte de um amplo esquema, para facilitar o movimento de narcóticos através do espaço aéreo venezuelano.

Pedro Luís Martín Olivares teria ordenado que se apagasse o radar militar e terá subornado outros funcionários venezuelanos para conseguir mobilizar toneladas de cocaína.

Também teria trabalhado, com outros funcionários do Governo venezuelano, entre eles Hugo Armando Carvajal Barrios, para branquear capitais (dólares norte-americanos) e outros fundos ilícitos.

Por outro lado, Walter Alexander Del Nogal Márquez, na qualidade de associado e braço direito, teria ajudado Olivares a distribuir drogas e mobilizar dinheiro para a Europa, proveniente do narcotráfico e de sequestros.

Quanto às 20 empresas, 16 delas estão localizadas na Venezuela e as outras quatro no Panamá e teriam sido usadas para branquear dinheiro, estando envolvidas em atividades de segurança privada, transporte, instalação de produtos eletrónicos, imobiliárias, construtoras, produtos petrolíferos terminados, consultadoria e serviços financeiros.

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