EUA acusam sete iranianos de pirataria informática

Os atos de pirataria começaram em dezembro de 2011 e tiveram uma maior ocorrência entre setembro de 2012 e maio de 2013
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A justiça norte-americana indiciou sete iranianos e duas empresas iranianas com ligações ao regime de Teerão por ataques informáticos que visaram dezenas de bancos nos Estados Unidos, segundo a ata de acusação, hoje citada pela agência francesa AFP.

Os atos de pirataria começaram em dezembro de 2011 e tiveram uma maior ocorrência entre setembro de 2012 e maio de 2013, durante uma vaga de ataques que perturbou o acesso às contas bancárias de centenas de milhares de clientes e que originou prejuízos de dezenas de milhões de dólares, precisou o mesmo documento.

"Estes ataques foram incessantes, sistemáticos e generalizados", ameaçando o bem-estar dos Estados Unidos e enfraquecendo a segurança nacional, declarou hoje a secretária de Estado norte-americana da Justiça, Loretta Lynch, durante uma conferência de imprensa em Washington.

Bank of America, J.P. Morgan Chase, Citibank e HSBC foram algumas das entidades visadas pelos ataques de pirataria.

Os sete iranianos visados têm ligações aos Guardas da Revolução, força de elite do regime de Teerão, precisou Preet Bharara, procurador do Ministério Público de Nova Iorque.

Esta força de elite é uma das várias estruturas dentro do governo do Irão responsável pelos serviços de informações iranianos, precisou a ata de acusação.

Um dos sete iranianos suspeitos penetrou o sistema de controlo de uma barragem norte-americana em 2013, acrescentou o Ministério Público.

O suspeito em questão, identificado como Hamid Firoozi, entrou por diversas vezes no sistema de controlo da barragem Bowman em Rye, em Nova Iorque, entre agosto e setembro de 2013, o que lhe permitiu obter informações sobre o estado e o funcionamento desta estrutura, de acordo com a ata de acusação.

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