"Estamos determinados a fazer cumprir a autoridade orçamental do Parlamento"
O presidente do Parlamento Europeu identificou um conjunto de "falhas" na proposta aprovada pelos 27, numa das cimeiras mais longas da história da Europa.
David Sassoli admite a satisfação por ter sido possível um acordo, mas avisa que o documento apresenta cortes que considera "injustificáveis", e por isso precisa de "melhorias", caso contrário corre o risco de ser chumbado no Parlamento.
O aviso do presidente da instituição deixa subentendido que se determinadas tópicos do orçamento não forem reforçados com mais verbas, a proposta que agora vai ser objecto de apreciação pelos eurodeputados, corre sérios ricos de se chumbada.
"Estamos determinados a fazer cumprir a autoridade orçamental do Parlamento", avisou. Esta tomada de posição não apanhará ninguém de surpresa no Conselho, que já tinha recebido um primeiro alerta formal, a uma semana de uma cimeira extraordinária, em Fevereiro.
Numa carta dirigida ao presidente do Conselho, Charles Michel, os quatro principais grupos políticos de Estrasburgo ameaçam rejeitar qualquer proposta que imponha cortes nas políticas tradicionalmente ligadas à história da integração europeia.
Os grupos mais representativos do Parlamento Europeu, defenderam o orçamento de longo prazo deve "manter o mesmo nível de financiamento para as políticas de agricultura, pesca e coesão, em termos reais", ou seja, descontada a inflação.
Concluída a cimeira em que do quadro financies foi final mente aprovado, David Sassoli vem acrescentar um conjunto e áreas, em que considera que a proposta carece de melhorias.
"Se queremos apostar nas gerações mais jovens, não podemos cortar os recursos do orçamento para a investigação, para os jovens [e o programa] Erasmus. Se considerarmos uma necessidade de especificar a política de imigração e asilo, - tal como fez correctamente a presidência alemã - [então] não podemos cortar nos fundos para imigração e asilo", considerou.
"A proposta está em cima da mesa, mas queremos melhorá-la e, sobretudo, melhorá-la, concentrando-nos em dar respostas no que são cortes que, para nós, são injustificáveis", defendeu.
O Parlamento Europeu vai, nesta quinta-feira, levar a proposta à discussão em plenário, com a presença da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.