Espanha vai propor à UE "medidas adicionais restritivas" contra a Venezuela

Decisão surge depois das eleições de domingo para a Assembleia Nacional Constituinte venezuelana
Publicado a
Atualizado a

O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Alfonso Dastis, vai pedir à chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a adoção de "medidas adicionais restritivas" contra a Venezuela, na sequência da prisão de dois opositores do regime.

Em declarações citadas pela agência EFE, Dastis falou na necessidade de serem tomadas "medidas individuais, seletivas e específicas aos responsáveis pela situação" naquele país da América do Sul.

Essas novas sanções devem ser tomadas depois de se ter assistido "com grande preocupação" à detenção de opositores ao regime (Leopoldo López e Antonio Ledezma) e depois das eleições de domingo para a Assembleia Nacional Constituinte.

"A União Europeia tem os seus próprios procedimentos e tomará as suas próprias sanções", sublinhou o chefe da diplomacia espanhola em resposta a uma pergunta sobre se a UE poderia adotar sanções idênticas às anunciadas pelos Estados Unidos.

Os opositores Leopoldo López e Antonio Ladezma, que se encontravam em regime de prisão domiciliária, foram levados para parte incerta pelos serviços de informações do regime venezuelano, disseram hoje fontes próximas dos dois detidos.

Os Estados Unidos impuseram na segunda-feira sanções jurídicas e financeiras contra o Presidente venezuelano, congelando os seus bens e classificando-o de "ditador", em resposta à eleição de domingo.

Além dos Estados Unidos, pelo menos a Colômbia, o Panamá, o Peru, a Argentina e a Costa Rica anunciaram já que não iam reconhecer a futura Assembleia Constituinte venezuelana.

A Espanha também anunciou na segunda-feira que não reconhecerá a Assembleia Nacional Constituinte, lamentando que o Governo de Nicolás Maduro tenha avançado com um processo rejeitado pela maioria dos venezuelanos.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt