Espanha registou esta segunda-feira mais 637 mortes e 4.273 casos confirmados devido ao covid-19, anunciou o Ministério da Saúde daquele país. Trata-se do número mais baixo desde 24 de março..No total, registam-se 13.055 mortes e 135.032 casos confirmados em solo espanhol..Entre os infetados, 6.931 passaram pelas unidades de cuidados intensivos e 40.437 recuperaram da doença..Espanha é o segundo país com mais casos confirmados, sendo apenas superado pelos Estados Unidos (336.851), e também o segundo com mais mortes, sendo apenas superado por Itália (15.887)..Nesta segunda-feira, o El País noticiou que o governo espanhol vai levar a cabo testes em trabalhadores de todos os setores essenciais, como funcionários de lares, polícias, motoristas e funcionários de restaurantes e supermercados, para procurar infetados assintomáticos que fazem parte de circuitos de transmissões silenciosas do coronavírus..O ministério da saúde vai distribuir um milhão de testes entre as comunidades autónomas para tentar interromper esses circuitos para que, quando chegar a hora de diminuir as medidas de transmissão social, não haja surtos..Em marcha também está um plano para que diminuir as medidas de confinamento. O governo espanhol encomendou cinco milhões de testes que detetam a presença de anticorpos gerados após a infeção ter passado. Embora não haja certeza científica até que ponto as pessoas ficam imunizadas ou por quanto tempo o ficam, os especialista assumem que a imunidade pode pelo menos durar alguns meses. Antoni Trilla, epidemiologista e consultor do governo espanhol durante esta crise, disse ao El País que a ideia é fazer passaportes de saúde para que os que superaram o covid-19 possam levar uma vida normal..Nessa estratégia serão utilizados hospitais de campanha, para que que quem recebe alta hospitalar e não quer voltar a casa com receio de infetar a famíliA, porque pode ainda estar a eliminar o vírus possa continuar em isolamento..2.850 pessoas detidas durante estado de emergência.As forças policiais espanholas detiveram 2.850 pessoas e aplicaram 330.000 multas por desobediência ou atentado à autoridade em três semanas de estado de emergência, segundo dados anunciados este domingo pelo ministro do Interior espanhol, Fernando Grande Marlaska..Desde a entrada em vigor do estado de emergência, a 15 de março, foram controlados mais de três milhões de pessoas e veículos, incluindo vítimas de violência doméstica, com mais de 77.000 ocorrências de resposta a chamadas e de vigilância, e lares de idosos, precisou o ministro..Fernando Grande Marlaska falava numa conferência de imprensa conjunta com os ministros da Saúde, Defesa e Transportes, no final de uma reunião do chefe do Governo, Pedro Sánchez, com os presidentes das regiões..Relativamente às queixas dos sindicatos e associações de polícia sobre a falta de material de proteção, o ministro afirmou que até à data foram distribuídos 2,5 milhões de máscaras, que se juntam a 500.000, só no dia de hoje, pelas forças de segurança..Nos últimos dias foi reforçada a vigilância de estabelecimentos abertos, como supermercados e farmácias, para garantir "a segurança e proteção desses locais"..Também nas estradas as forças policiais vão estar presentes durante toda a semana da Páscoa "para garantir que não há circulação à exceção de transportes de bens de primeira necessidade"..Governo começa estudo sobre imunidade.O governo espanhol anunciou este domingo que vai iniciar agora um estudo para apurar a percentagem de população que já adquiriu imunidade ao novo coronavírus, responsável pela covid-19..O Instituto de Saúde Carlos III e o Instituto Nacional de Estatística serão responsáveis pelo estudo que medirá o grau de imunidade da população espanhola, afirmou a diretora adjunta do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde, Maria José Sierra, após a reunião do comité técnico de controlo do novo coronavírus. "Serão iniciados estudos da população com testes de anticorpos para verificar a sua imunidade", disse..Determinar que população teve contacto com a doença e isolar os infetados recentemente (leves e graves) assim que os primeiros sintomas são detetados são medidas consideradas "absolutamente fundamentais" para avançar para a fase de transição que antecederá à retirada do estado de emergência..Nesse sentido, terão de ser feitos diagnósticos precoces e Maria José Sierra confirmou que uma das opções para garantir o isolamento das pessoas que sofrem da doença é permitir que existam instalações onde pessoas assintomáticas possam ser isoladas..Nesta fase, adiantou, outro dos "aspetos fundamentais" será o uso de máscaras "cirúrgicas ou similares", para que as pessoas infetadas não transmitam o vírus a pessoas saudáveis.."Está a ser estudada com muita seriedade" a implementação dessas medidas, referiu, especificando que, assim que a decisão for adotada, será comunicada..A especialista enfatizou que o novo coronavírus ainda é muito pouco conhecido, mas destacou que os estudos realizados sustentam que, quando uma pessoa passa pela doença, ela desenvolve um nível "bastante alto" de anticorpos que permitirão a sua imunização, "pelo menos por um período significativo de tempo".."Esperamos que, em poucas semanas, possamos ter dados reais sobre quantas pessoas passaram pela doença e esperamos que sejam muitas", disse Sierra.