Depois de prestar depoimento à polícia, Lula busca apoio na sede do PT
O depoimento do ex-Presidente brasileiro dado à Polícia Federal do Brasil no Aeroporto de Congonhas terminou por volta das 11:40 (14:40 em Lisboa) e Luiz Inácio 'Lula' da Silva deslocou-se depois para a sede do seu partido.
Lula é investigado pela Operação Lava Jato, que apura a suposta obtenção de favores, doações e o pagamento de serviços de palestras que somam 7,2 milhões de euros (30 milhões de reais), alegadamente pagos por seis empresas ligadas ao escândalo de corrupção na petrolífera Petrobras entre 2011 e 2014.
Segundo disse à Agência Brasil o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), as declarações de Lula foram prestadas a dois procuradores na presença de três advogados, entre eles Roberto Teixeira e Cristiano Zanin Martins.
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O deputado disse que foram abordados diversos assuntos, como as palestras que o ex-presidente deu após deixar o Palácio do Planalto e a ligação com uma quinta em Atibaia.
A relação de Lula com um apartamento no Guarujá, no litoral de São Paulo, e os bens que recebeu nos dois mandatos como Presidente, que devem ser mantidos como acervo histórico, também foram tema das perguntas dos investigadores.
O ex-Presidente terá respondido a todos os questionamentos e protestado apenas contra o mandado de condução coerciva expedido contra si.
"Ele registrou que já atendeu a inúmeras intimações da Polícia Federal e do Ministério Público, que passam de dez, e, portanto, não precisava dessa violência", contou Teixeira.
De manhã, diretores do Partido dos Trabalhadores (PT) convocaram uma reunião de emergência para discutir reações à 24.ª fase Operação Lava Jato, que teve como alvo o ex-Presidente do Brasil.
O partido também critou na sua conta oficial na rede social Twitter a 'hashtag' #lulapresopolitico não podemos deixar barato. Precisamos todos reagir. Agora!".