Delegados anti-Trump protagonizam momentos de tensão na convenção republicana
A fação "Never Trump" (Trump Nunca) viu negada uma proposta de votação que pretendia alterar as regras da votação
Os delegados do Partido Republicano anti-Trump provocaram hoje momentos de tensão na convenção, que termina quinta-feira, depois de terem visto negada uma proposta de votação que pretendia alterar as regras do evento.
A fação "Never Trump" (Trump Nunca) apresentou uma proposta para que os representantes de cada Estado votassem a nomeação do candidato republicano às presidenciais de 08 de novembro, independentemente dos resultados das primárias.
A intenção daqueles delegados era forçar uma "rebelião" contra o virtual candidato republicano à Casa Branca, o magnata Donald Trump, que teoricamente tem o número de delegados necessários para ser oficialmente eleito.
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O caos aconteceu quando Enid Mickelsen, a presente do Comité das Regras, deu por aprovada as normas que regem a convenção, que decidiram que os delegados vão votar no mesmo sentido que a maioria dos eleitores, quando votaram nas primárias nos respetivos estados.
Liderados pelo senador Mike Lee e pelo antigo procurador-geral da Virgínia, Ken Cucinelli, os delegados rebeldes pediram que se considerasse a possibilidade de cada estado decidir separadamente dar liberdade de voto aos seus membros.
"Isto não tem precedentes", assegurou o senador Lee, um dos principais aliados do senador Ted Cruz, que insistiu que se devia votar por contagem e não por aclamação.
Ken Cucinelli sublinhou que a única coisa pedida era que cada estado decidisse a sua disciplina de voto.
Depois do ocorrido, alguns delegados atiraram as suas credenciais para o chão.