A primeira vítima europeia do coronavírus é italiana
Itália registou esta sexta-feira a primeira morte por Covid-19. Trata-se de um homem de 78 anos que tinha sido referenciado com sendo um dos dois casos de infeção pelo novo coronavírus em Pádua, na região de Veneto, no norte do país, avança o La Repubblica.
O homem, um cidadão italiano, que já estava internado devido a outros problemas de saúde, morreu na noite desta sexta-feira no Hospital de Schiavonia, em Pádua. "Não houve tempo para transferi-lo", afirmou Luca Zaia, governador da região de Veneto. É o primeiro europeu a não resistir à infeção provocada pelo novo coronavírus, detetado em dezembro do ano passado na cidade chinesa de Wuhan.
Após a confirmação da primeira morte por coronavírus no país, as autoridades locais estiveram reunidas de emergência e resolveram adotar medidas de prevenção. Uma delas é o encerramento do Hospital de Schiavonia. "Ninguém poderá entrar nem os doentes internados terão alta" sem antes serem submetidos a exames.
Esta sexta-feira, as autoridades do norte da Itália ordenaram o encerramento de escolas, bares e outros espaços públicos em 10 localidades após uma sucessão de novos casos de pessoas infetadas com coronavírus. As autoridades registaram 17 casos de infeção pelo novo coronavírus - 15 na Lombardia e dois na região de Veneto, refere o La Repubblica. Há cerca de 250 pessoas em quarentena no país.
Cinco médicos e nove outras pessoas testaram positivo na região da Lombardia, depois de frequentarem o mesmo bar e terem o mesmo grupo de amigos, com dois outros casos confirmados na região de Veneto, disseram as autoridades, citadas pela AFP.
"A Itália está pronta, preparamos um plano porque ficou claro que isto poderia acontecer. Agora é uma questão de implementar o plano preparado", disse o ministro da Saúde, Roberto Speranza ao anunciar as medidas.
Mais de 50 000 pessoas foram convidadas a ficar em casa nas áreas em questão, enquanto todas as atividades públicas, como festas de carnaval, missas na igreja e eventos desportivos foram proibidas por uma semana.
O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte disse que o governo mantém "um nível muito alto de precaução".
As ruas das localidades estão desertas, com poucas pessoas no exterior, e os espaços públicos fechados.