O presidente colombiano respondeu esta sexta-feira às acusações do seu homólogo Nicolás Maduro, assegurando que Bogotá não prepara qualquer intervenção militar contra a Venezuela.."A Colômbia não agride ninguém. Este é um país que respeita sempre o território de outras nações", disse Iván Duque aos jornalistas, durante uma visita à cidade de Barranquilla, no noroeste da Colômbia.."Não caímos em provocações perante os anúncios de Maduro [...]. Em vez disso, [Maduro] deveria investir esses recursos na proteção e alimentação do seu povo. Continuaremos a denunciar os seus abusos internacionalmente", afirmou Duque..O presidente da Colômbia frisou ainda que "Nicolás Maduro está a proteger terroristas colombianos" em território venezuelano. "Não vamos deixar de denunciar isso", acrescentou..O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou quinta-feira que vai introduzir um sistema de mísseis para defesa antiaérea nas regiões fronteiriças com a vizinha Colômbia, país que acusa de estar a preparar um "conflito armado".."Vamos implantar um sistema de mísseis, de defesa antiaérea, de defesa terrestre, blindada. Vamos implantá-lo de 10 a 28 de setembro, porque a Venezuela deve ser respeitada", disse..Nicolás Maduro voltou a acusar o seu homólogo colombiano, Iván Duque, de ter um plano para agredir a Venezuela.."O Presidente Iván Duque tem um plano de provocação. Ele pretende (...) agredir o território venezuelano, para ir ao Conselho de Segurança da ONU e armar um 'show' político às custas de um conflito armado", disse durante um ato transmitido pela televisão estatal venezuelana..O anúncio de criação de um sistema de mísseis, tem lugar depois de Nicolás Maduro emitir um alerta nos estados fronteiriços com a Colômbia, denunciando esforços das autoridades do país vizinho para vincular a Venezuela com ex-guerrilheiros colombianos que anunciaram recentemente o regresso às armas..Ao emitir o alerta laranja, o Presidente da Venezuela anunciou também exercícios militares de 10 a 28 nos estados venezuelanos de Zúlia, Táchira, Apure e Amazonas, que juntos compõem os 2.219 quilómetros de fronteira comum entre a Venezuela e a Colômbia..A oposição venezuelana anunciou, terça-feira, que vai colaborar com as autoridades da Colômbia para localizar eventuais grupos guerrilheiros e paramilitares que Bogotá diz estarem na Venezuela..Depois de mais de um ano de paradeiro desconhecido, o antigo número dois das FARC e principal negociador do acordo de paz de 2016, Iván Márquez, reapareceu a 29 de agosto último, num vídeo, com outros ex-líderes do grupo, anunciando o regresso às armas..Um dia depois o ministro da Defesa da Colômbia disse à rádio colombiana La FM que vai tomar medidas para enfrentar esse grupo que supostamente se refugia em território venezuelano..Segundo Guillermo Botero, a Colômbia conta com uma unidade especializada, composta por homens dos serviços secretos, da polícia e investigadores para capturar este grupo e levá-lo perante a justiça..O presidente da Assembleia Constituinte venezuelana (composta unicamente por simpatizantes do regime), Diosdado Cabello, reagiu às declarações de Guillermo Botero e acusou a Colômbia de treinar e armar guerrilheiros que depois envia para território venezuelano.