O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou na quinta-feira com quatro dos seus homólogos para "lhes explicar pessoalmente" a decisão de abandonar o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, informou a Casa Branca..Trump conversou ao telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e com o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau..O Presidente agradeceu aos quatro líderes por "manterem discussões francas sobre este tema durante os seus primeiros meses no cargo". "Também assegurou aos líderes que os Estados Unidos continuam comprometidos com a aliança transatlântica e com os firmes esforços para proteger o ambiente", explicou a Casa Branca em comunicado..Trump recordou o historial dos Estados Unidos "na redução de emissões e a sua liderança no desenvolvimento de tecnologia [para gerar] energia limpa" e reiterou que, sob a liderança do seu Governo, o país "será o mais limpo e respeitoso para com o meio ambiente da Terra".."Todos os líderes acordaram continuar com o diálogo e fortalecer a cooperação em temas ambientais e de outra índole no futuro", indicou a Casa Branca..Trump anunciou na quinta-feira a retirada do país do Acordo de Paris, argumentando que o pacto põe em "permanente desvantagem" a economia e os trabalhadores norte-americanos..Com esta decisão, os Estados Unidos "cessarão todas as implementações" dos seus compromissos climáticos fixados em Paris, que incluem a meta proposta pelo ex-presidente Barack Obama de reduzir até 2025 as emissões de gases de efeito de estufa entre 26% e 28% em relação aos níveis de 2005..Concluído em 12 de dezembro de 2015 na capital francesa, assinado por 195 países e já ratificado por 147, o acordo entrou formalmente em vigor em 04 de novembro de 2016, e visa limitar a subida da temperatura mundial reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa..Portugal ratificou o acordo de Paris em 30 de setembro de 2016, tornando-se o quinto país da União Europeia a fazê-lo e o 61.º do mundo..O acordo histórico teve como "arquitetos" centrais os Estados Unidos, então sob a presidência de Barack Obama, e a China, e a questão dividiu a recente cimeira do G7 na Sicília, com todos os líderes a reafirmarem o seu compromisso em relação ao acordo, com a exceção de Donald Trump.