Londres admite novas "opções militares" na Síria
Deputados britânicos apelaram recentemente para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Síria para impedir o bombardeamento de Aleppo por forças russas e sírias
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, considerou esta quinta-feira que o Reino Unido deve considerar "opções militares mais dinâmicas" na Síria, uma perspetiva ainda distante e que apenas deve ocorrer em coligação com os Estados Unidos.
"É agora que devemos de novo admitir opções militares mais dinâmicas", disse Johnson, que no domingo recebe em Londres diversos homólogos de potências ocidentais para debater a situação na Síria.
"Se isso significa que podemos agora formar uma coligação para uma ação mais dinâmica, não posso profetizar", referiu num comité parlamentar.
Em 2013 o parlamento britânico rejeitou o início de ataques aéreos contra as forças do Presidente Bashar al-Assad. Mais tarde, concordou em realizar raides aéreos, mas apenas contra alvos do grupo 'jihadista' Estado Islâmico.
Diversos deputados britânicos apelaram recentemente para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Síria para impedir o bombardeamento de Alepo por forças russas e sírias.
"Devemos ser realistas sobre como isto funciona e o que é viável. Não podemos fazer nada sem uma coligação, nem fazê-lo sem os americanos. Ainda falta algum tempo para garanti-lo. Mas não significa que que as discussões não prossigam. Existem", disse Boris Johnson numa alusão às opções militares.
"Muitas pessoas, incluindo John Kerry [chefe da diplomacia de Washington], consideram que o processo de discussão com os russos está basicamente" fora de controlo, assinalou ainda.
Kerry e o seu homólogo russo Serguei Lavrov devem encontrar-se em Lausanne, na Suíça, no sábado, em conversações em que também participam os chefes da diplomacia da Turquia, Arábia Saudita e Qatar", na véspera da reunião de Londres