Tribunal deixa em liberdade coordenadora dos Comités de Defesa da República
Um tribunal espanhol decidiu hoje deixar em liberdade a coordenadora dos Comités de Defesa da República (CDR) da Catalunha, detida na terça-feira, por considerar não ter havido alegados delitos de terrorismo ou rebelião nas suas ações.
O juiz da Audiência Nacional (tribunal especial que trata casos mais graves) qualifica o comportamento da suspeita como podendo ser da área da "desordem pública", e não dá seguimento ao pedido de prisão preventiva pedido pelo Ministério Público.
A coordenadora dos CDR vai ter de comparecer semanalmente num tribunal próximo da sua residência e foi proibida de sair do seu município de residência, com exceção para ir ao seu local de trabalho, ou do território espanhol.
Os CDR são grupos de cidadãos criados em 2017 com o objetivo inicial de facilitar o referendo de independência da Catalunha, que se realizou em 01 de outubro de 2017 e que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional espanhol.
Depois desse ato eleitoral, adotaram o novo objetivo de lutar pelo cumprimento do resultado, favorável à secessão, e pela proclamação da República catalã, sendo apoiados por diversas organizações de esquerda separatista, principalmente pela Candidatura de Unidade Popular (extrema-esquerda antissistema).
Os CDR foram reativados nas últimas semanas, depois da detenção de dirigentes separatistas catalães, e têm estado particularmente ativos a cortar o trânsito em estradas e vias rápidas da Catalunha.