Catalunha: Carles Puigdemont não irá ao Senado

O Senado espanhol deverá aprovar esta sexta-feira a proposta do Governo para destituir o presidente da Catalunha e todos os membros do seu executivo
Publicado a
Atualizado a

A presidente do parlamento da Catalunha comunicou hoje aos partidos da assembleia regional que o presidente do Governo catalão não irá ao Senado, em Madrid, para defender a sua oposição às medidas do executivo espanhol, noticia a Efe.

As declarações de Carme Forcadell, que é citada por "fontes parlamentares", contraria outras fontes separatistas, que tinham indicado, também à agência espanhola, que Carles Puigdemont iria a Madrid.

Afinal, escreve agora a Efe, na quinta-feira às 16:00 (15:00 em Lisboa) terá início a sessão no parlamento regional em que o único assunto na ordem de trabalho será a resposta à decisão de Madrid de intervir na Catalunha, plenário que contará com a presença de Puigdemont.

[destaque:A Espanha vive a sua maior crise institucional desde a transição democrática de 1977, há 40 anos, com os separatistas da Catalunha a tentarem ganhar a independência da região, o que está a ser contrariado por Madrid]

O Senado espanhol (câmara alta) deverá aprovar esta sexta-feira a proposta do Governo para destituir o presidente da Catalunha e todos os membros do seu executivo, limitar as competências do parlamento regional e tomar medidas que permitam a marcação de eleições num prazo de seis meses na região.

Fontes separatistas indicaram no início da semana que Carles Puigdemont poderia ir a Madrid defender a sua oposição às medidas que o Estado espanhol pretende tomar.

A grande incógnita agora é se as forças independentistas irão aproveitar o debate no parlamento regional para declarar a independência da Catalunha.

O Governo regional da região organizou e realizou em 01 de outubro último um referendo de autodeterminação, que foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional, que também recusou todo o processo que levou à consulta popular.

Segundo Barcelona, o "sim" à independência ganhou com 90% dos votos dos 43% dos eleitores que foram votar, tendo aqueles que não concordam com a independência da região boicotado a ida às urnas.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt