Atentado em Barcelona fez 13 mortos. Um suspeito morto, dois detidos
Atropelamento aconteceu nas Ramblas. Estado Islâmico já reivindicou ataque.
A polícia catalã confirmou ao fim do dia a existência de 13 mortos e subiu o número de feridos para mais de 100.
O número de 13 mortos já fora avançado horas antes, citando os media espanhóis fontes oficiosas, mas não existia até agora confirmação. Noutro plano, a polícia catalã confirmou a detenção de um indivíduo, Driss Oukabir Soprano, identificado como o indivíduo que alugou uma das carrinhas usadas no ataque. Posteriormente, soube-se que um outro indivíduo, afirmando ser o verdadeiro Oukabir Soprano, foi detido quando se dirigia à polícia para comunicar o roubo dos seus documentos de identidade. A interrogação que as autoridades se colocavam é por que é que razão este segundo indivíduo só se preparava para comunicar o roubo após, segundo o próprio disse, ter visto as suas fotos nos meios de informação.
Ao início da noite, o Estado Islâmico reivindicou o ataque, atravês do seu veículo mediático, a agência AMAQ. A Generalitat anunciou, entretanto, ter decretado três dias de luto oficial pelas vítimas do atentado.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Num desenvolvimento paralelo, outro suspeito foi interpelado pela polícia numa localidade nos arredores de Barcelona, Sant Just Desvern, acabando por ser abatido. Soube-se depois que este ignorou um controlo policial a veículos à saída da cidade, tendo atropelado um agente. O automóvel foi perseguido pelas forças de segurança até ser interceptado à chegada a Sant Just Desvern, onde se produziu o tiroteio.
Anteriormente, o ataque fora considerado "um atentado terrorista". O atropelamento aconteceu junto a uma loja FNAC, já nas imediações da Praça da Catalunha, pelas 17:05 - menos uma hora em Lisboa. Para o local convergiram várias ambulâncias, carros da polícia e helicóptero. A espanhola TV3 informou que dois homens armados, alegadamente os autores do atropelamento, entraram depois num restaurante turco, onde se teriam entrincheirado. O que foi posteriormente desmentido pela polícia.
A BBC mostra em gráfico como o atentado se realizou:
As lojas da zona encerraram as portas, mantendo os clientes no interior.
De acordo com o El País, foi uma carrinha branca que, segundo testemunhas no local, subiu a avenida atropelando várias pessoas. O condutor terá depois fugido, abandonando o veículo a pé. Inicialmente, a imprensa local referia que haveria apenas um ocupante no veículo, mas as informações mais recentes apontaram depois para a existência de dois indivíduos. Uma testemunha garantiu que o veículo acelerou sobre os peões que se encontravam no passeio, junto de um semáforo.
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra a carrinha pouco tempo depois do atropelamento.
O La Vanguardia indicou que o atropelamento aconteceu no passeio central da Rambla de Canaletes e o veículo só parou quando chocou contra o segundo quiosque da avenida.
As Ramblas são uma das zonas mais turísticas e frequentadas de Barcelona.
As autoridades estão a pedir aos turistas e locais que evitem a zona, para não constituírem obstáculo ao trabalho das forças de segurança.
O governo regional da Catalunha, Generalitat, recomendou aos habitantes que evitem estar nas ruas devido a este "incidente grave" e pediu o encerramento das estações de metro e de comboio na zona. O presidente da Generalitat da Catalunha, Carlo Puigedmont, está nesta altura a viajar para Barcelona. A alcaide da Barcelona, Ada Colau, já está nas Ramblas.