Boris Johnson compara o "brexit" a uma fuga de prisão

As declarações foram feitas num programa televisivo transmitido pela BBC.
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O presidente da câmara Londres, um peso pesado na campanha pelo "brexit", disse esta segunda-feira que se o Reino Unido sair da União Europeia será como escapar de uma prisão.

"É como se o guarda deixasse acidentalmente a porta da prisão aberta, as pessoas podem ver a terra iluminada que se estende no horizonte mas começam logo a discutir os perigos do mundo exterior", disse Boris Johnson ao apresentador Andrew Marr.

Na entrevista, a primeira desde que anunciou que ia fazer campanha pelo "brexit", o mayor atacou o primeiro-ministro David Cameron, tal como ele do Partido Conservador, acusando-o de querer assustar os britânicos e de pintar a saída da União Europeia como algo perigoso para a economia e segurança do Reino Unido.

O autarca londrino afirmou que a saída seria algo "maravilhoso" para a economia britânica e colocou de lado a possibilidade de os grandes bancos de investimento abandonarem Londres caso os britânicos votem pela saída no refendo agendado para dia 23 de junho.

"Eles não vão deixar de aproveitar a grande concentração de talento e capacidades", disse, referindo-se a Londres.

Boris, como é conhecido, concluiu que vê no "brexit" a possibilidade de "recuperar o controlo sobre as fronteiras do Reino Unido, as grandes quantidades de dinheiro que o país envia para a UE e também o controlo da democracia".

A entrevista foi imediatamente contestada nas redes sociais com vários utilizadores do Twitter a criticar as respostas longas e por vezes dispersas do carismático mayor de Londres. A certa altura o apresentador teve mesmo a intervir: "Este não é o programa do Boris Johnson, é o programa do Andrew Marr".

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