Bolsonaro quer pôr exército na rua para combater crime

Numa entrevista à Band, candidato presidencial brasileiro indicou ainda que pretende tipificar como "terrorismo" eventuais invasões do Movimento dos Sem Terra.
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Jair Bolsonaro, favorito nas sondagens à vitória na segunda volta das presidenciais brasileiras, disse numa entrevista à TV Band que o Brasil "está em guerra" e que, se o Congresso permitir, vai pôr o exército a fazer patrulhamento de rotina nas ruas das cidades do país.

"Estamos em guerra, ninguém nega isso, e se estamos em guerra devemos nos comportar como soldados em combate. O militar entrando em operação, o lado do inimigo, aquele que porta arma de guerra, caso venha a ser abatido, o nosso soldado deve ser condecorado e não processado", afirmou na entrevista, este domingo.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL), confiante na vitória a 28 de outubro face ao adversário do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, disse que vai apresentar o primeiro pacote de medidas ao Congresso assim que nomear os ministros, avançando até que muitas dessas medidas já terão sido discutidas com deputados e senadores.

"Não vamos apresentar nada sem conversar com os parlamentares. Pretendo ter a certeza de que essas propostas vão ser aprovadas de forma racional pelos parlamentares", disse à Band.

Outra das propostas de Bolsonaro será dar "segurança jurídica" a produtores rurais em relação à demarcação de terras e à reintegração de posse de terra invadida. O candidato quer ainda tipificar como "terrorismo" eventuais invasões do Movimento dos Sem Terra e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

Este domingo, dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para apoiar Bolsonaro.

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