O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi considerou hoje "um dever" fazer campanha para que a direita ganhe as eleições gerais e se evite "uma situação perigosa" para o país.
"Sinto o dever de entrar na política para que o país não acabe numa situação grave e perigosa. Vou fazê-lo com a força de alguém que tem mais de 70 anos [tem 81], mas se sente jovem, tanto intelectual como fisicamente. Sinto-me como se tivesse 40 anos", afirmou Berlusconi numa iniciativa do seu partido, Força Itália.
Apesar dos recentes problemas cardíacos, Berlusconi vai a partir de janeiro visitar todas as regiões de Itália, enquanto espera a decisão do Tribunal de Estrasburgo sobre a sua inabilitação para cargos públicos até 2019, no âmbito de uma sentença por fraude fiscal.
Para Berlusconi, que foi primeiro-ministro por três vezes, "a esquerda já não é uma alternativa" nas eleições de 2018.
Após cinco anos no Governo, "só falam de guerras e conflitos entre eles" e não de um programa, afirmou.
O ex-primeiro-ministro disse acreditar que após as eleições, que previsivelmente vão decorrer na primavera, o Governo vai acabar nas mãos da sua coligação de centro-direita ou do Movimento Cinco Estrelas, apontado como favorito em várias sondagens.
Berlusconi aproveitou para deixar críticas a este movimento, considerando que o seu candidato Luigi di Maio tem falta de experiência e de formação universitária.
"Só trabalhou como agente de segurança no estádio San Paolo para assistir de graça aos jogos do Nápoles", ironizou.