Berlim atenta às eleições antecipadas na Baixa Saxónia

A facilidade de Angela Merkel para chegar a acordos internos e com Verdes e liberais dependerá do desfecho das regionais deste domingo
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As eleições regionais na Baixa Saxónia, que decorrem hoje, estão a ser vistas como uma peça que, consoante os resultados, poderá ajudar ou dificultar a vida de Angela Mer-kel na construção do quebra-cabeças que é a coligação CDU-CSU, FDP e Verdes. Em agosto, os conservadores levavam uma dúzia de pontos percentuais de vantagem nas sondagens. Na mais recente, da televisão pública ZDF, os sociais-democratas do SPD lideram as intenções de voto, com 34,5%, seguidos de muito perto pela CDU, com 33%. A pesquisa, realizada após um debate televisivo entre os principais candidatos, o social-democrata Stephan Weil (atual ministro-presidente) e o conservador Bernd Althusmann revelou mais dois dados importantes: uma percentagem muito elevada de indecisos (29%) e, perante a pergunta sobre qual dos candidatos é o ministro-presidente preferido, 49% escolhe o atual e 31% elege Althusmann.

"Se Merkel conseguir roubar esse estado ao SPD, vai ganhar uma força renovada. Será provavelmente um pouco mais fácil para ela discutir internamente um compromisso e obter os acordos e assim por diante nas próximas semanas", comentou à Reuters Carsten Nickel, da empresa de análise política Teneo Intelligence. Ciente da importância da eleição, a chanceler deslocou-se na reta final da campanha a Osnabrück. O líder da SPD, Martin Schulz, não ficou atrás e deslocou-se a Hanôver.

As sondagens indicam que os liberais do FDP e os Verdes estão taco a taco com dez por cento. A sensação das eleições legislativas, a Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, deverá eleger pela primeira vez representantes naquele estado do norte, caso se confirmem os sete por cento das pesquisas.

As eleições na Baixa Saxónia - segundo maior estado alemão em área e quarto em população, cerca de oito milhões - foram convocadas após um deputado regional ter trocado os Verdes pela CDU, e com isso acabado com a maioria da coligação SPD-Verdes.

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