Atirador da Universidade da Califórnia tinha uma lista de alvos a abater
Foi identificado como Mainark Sarkar o atirador que matou esta quarta-feira um professor na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) antes de se suicidar. O chefe da polícia de Los Angeles, Charlie Beck, revelou que era um antigo aluno da universidade e que é também suspeito de ter assassinado uma mulher antes de invadir a UCLA.
Mainak Sarkar, de 38 anos, entrou na universidade armado, obrigando as autoridades a encerrarem totalmente o local, e cometeu suicídio após matar William Klug, o seu ex-professor de engenharia mecânica e aeroespacial. Mainak acusava o William de lhe ter roubado um código informático e de o ter dado a outra pessoa.
As autoridades suspeitam que o professor não tenha sido a única vítima, pois encontraram na casa do atirador uma lista com o nome de uma mulher que foi assassinada no estado de Minnesota, onde Mainak vivia. O chefe da polícia acredita que se trata de uma lista de alvos a abater.
Na lista aparecia também o nome de outro professor da UCLA, mas as autoridades garantem que ele está bem e em segurança.
Quarta-feira, durante cerca de duas horas, a UCLA esteve cercada por centenas de agentes da polícia de Los Angeles e do FBI que procuravam sala a sala pelo atirador. Os alunos e funcionários foram aconselhados e procurarem abrigo no interior dos edifícios e a barricarem as portas.
Mainak Sarkar fez o doutoramento na UCLA, altura em que conheceu o professor William Klug, que viria a ser o seu orientador e mentor.
Nos últimos meses, Mainak fez publicações agressivas direcionadas ao professor nas redes sociais, segundo o Los Angeles Times. No Facebook, o atirador descrevia William Klug como "uma pessoa muito doente" e aconselhava os alunos a não confiarem nele.
A UCLA é uma das universidades mais conhecidas dos Estados Unidos, recebe investigadores e estudantes provenientes de todo o mundo para os seus cursos, que vão do cinema às ciências, passando pelas ciências políticas.
Este tiroteio é apenas o último num país onde os ataques com armas de fogo são quotidianos. Desde o início do ano, ascendem já a 5.451 os mortos por armas de fogo, decorrentes de 21.549 incidentes registados e divulgados na internet pela Gunviolencearchive.org.