Aplicação de vídeo Zoom sofre ataques de hackers

A famosa aplicação de vídeo conferências Zoom, que se tem tornado cada vez mais útil, e por isso mais popular, durante a pandamia do covid-19, está a ser alvo de pirataria.
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Numa época em que estamos todos tão dependentes da internet, os hackers e os ataques de phishing estão mais ativos que nunca, e o Zoom não lhes escapa. Vários são os relatos de conferências online interrompidas por piratas informáticos, que correspondem ao novo movimento #Zoombombing que consiste na interrupção de conferências ou aulas na aplicação com imagens pornográficas, racistas ou de conteúdo inapropriado.

A procuradora-geral de Nova Iorque dirigiu uma carta à Zoom com diversas questões de forma a ter a certeza de que a empresa está a tomar as medidas necessárias que garantam a privacidade e segurança dos seus utilizadores, no entanto o conteúdo exato da carta não foi disponibilizado. No entanto, a procuradora está a trabalhar em conjunto com a empresa de modo a parar a situação.

Quando questionados pela BBC, o porta-voz da Zoom afirmou que "a Zoom leva a privacidade, segurança e confiança dos seus utilizadores muito a sério". "Durante a pandemia do covid-19, estamos a trabalhar arduamente para garantir que hospitais, universidades, escolas e outras empresas pelo mundo fora consigam manter-se conectados e operacionais. Agradecemos ao Gabinete da Procuradora-Geral de Nova Iorque o seu compromisso para com a resolução destes problemas e estamos disponíveis para fornecer qualquer informação que seja requerida", frisou o responsável.

O início desta investigação deu-se esta segunda-feira (30 de março), após o gabinete do FBI de Boston ter recebido várias queixas de conferências que foram interrompidas por imagens pornográficas ou de ódio. Foram ouvidos os depoimentos de duas escolas vítimas deste ZoomBombing durante o decorrer de aulas online. Outra escola reportou o aparecimento de uma pessoa desconhecida na conferência que ostentava cruzes suásticas tatuadas.

Estas interrupções devem-se às configurações das videoconferências escolhidas. Muitas vezes, e especialmente naquelas que envolvem muita gente, a "sala" é deixada como pública, num ato de boa-fé, para facilitar o acesso de todos os participantes. Sentindo-se convidados, os piratas informáticos invadem as conferências. O conselho do FBI é que as salas passem a ser tornadas privadas e que se evite a partilha de ecrã.

Pelas redes sociais fora, a partir da hashtag #Zoombombing, podemos encontrar variados relatos de utilizadores que registaram este tipo de eventos

"Alguns Homens só querem ver o mundo a arder"

Com os cidadãos cada vez mais reativos é cada vez mais fácil espalhar o pânico online. Numa época tão conturbada como a que o mundo vive atualmente o Zoom não foi a única aplicação a encontrar obstáculos à sua sobrevivência no mundo digital.

Esta terça-feira (31 de março), a partir do print screen de alguns tweets, vários foram os utilizadores a decidir apagar as suas contas e a aplicação House Party. Em questão estavam acusações que que esta aplicação havia hackeado as suas contas de Snapchat, Uber, Spotify, Netflix, Pay Pal entre outras. Consequentemente, vários foram os utilizadores que, sem questionar a veracidade dessas imagens reencaminhadas, finalizaram relação com a aplicação de videochamadas.

Numa tentativa de provar a sua inocência, a aplicação está agora a oferecer uma recompensa de um milhão de dólares a quem conseguir provar que os ataques de phishing foram efetivamente feitos pela aplicação Houseparty.

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