"Não tenho nenhum projeto para dizer mal de Cabo Verde"

MpD, partido no poder no país africano, acusou a eurodeputada de declarações contra a o "bom nome" dos dirigentes do país e da imagem de Cabo Verde
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A eurodeputada Ana Gomes (PS) negou esta terça-feira ter um projeto para "dizer mal" de Cabo Verde, reiterando haver "factos preocupantes" na questão da venda de um terreno, na Praia, ao ex-embaixador da União Europeia e pede divulgação de contrato.

"Não tenho nenhum projeto para dizer mal de Cabo Verde nem das autoridades do país", disse a eurodeputada à Lusa, respondendo a acusações do Movimento para a Democracia (MpD, partido no poder em Cabo Verde), que considerou "graves" e "atentatórias do bom nome" dos dirigentes do partido e da imagem de Cabo Verde as suas declarações sobre o alegado favorecimento ao ex-representante da União Europeia.

"Pedi uma investigação porque há factos preocupantes", disse Ana Gomes, salientando que "o próprio Estado Português tentou comprar o terreno em causa e não conseguiu e de repente esse cidadão comprou e começou a construir uma casa, mesmo em cima da embaixada de Portugal".

"Até hoje não foi divulgado o contrato de compra e venda" do terreno, referiu também.

Em causa, está uma comunicação da eurodeputada socialista ao Gabinete Antifraude Europeu (OLAF, na sigla em inglês) e à chefe da diplomacia e vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini, em que Ana Gomes denuncia suspeitas de benefício pessoal e favorecimento na alegada compra de um terreno, na capital cabo-verdiana, pelo ex-representante da União Europeia em Cabo Verde José Manuel Pinto Teixeira.

A OLAF está a investigar a denúncia.

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