"Ambicionamos ter a vacina da BioNTech/Pfizer autorizada até final do ano", diz Ursula von der Leyen
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta sexta-feira esperar que a vacina da BioNThec/Pfizer para a covid-19 tenha autorização até final do ano.
"Ambicionamos ter a vacina da BioNThec/Pfizer autorizada até final do ano, dependendo do parecer da EMA (Agência Europeia de Medicamentos)", disse.
A presidente do executivo comunitário, que falava na conferência de imprensa final do Conselho Europeu, adiantou que o parecer da EMA para a vacina da Moderna deverá ser divulgado em meados de janeiro, continuando a ser estudada a de Oxford e AstraZeneca.
No entanto, salientou, "é a vacinação e não as vacinas que salva vidas", apelando aos Estados-membros que finalizem os preparativos para o lançamento dos programas de vacinação.
"Estamos prontos para apoiar", referiu.
A EMA recebeu um pedido de autorização condicional de comercialização da vacina desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer e entregará a avaliação até 29 de Dezembro, o mais tardar.
Em relação ao pedido para a vacina pela Moderna, a avaliação será concluída durante uma reunião extraordinária da agência, agendada para 12 de Janeiro.
A EMA também deu início a revisões contínuas sobre as vacinas produzidas pela Johnson&Johnson e pela AstraZeneca.
Tendo em conta a urgência devida à pandemia da covid-19, a EMA pôs em prática procedimentos rápidos de revisão para avaliar os pedidos no mais curto espaço de tempo possível, assegurando simultaneamente pareceres científicos sólidos.
A presidente cessante do Conselho da União Europeia (UE) já tinha adiantado, na mesma conferência de imprensa, que uma das prioridades do seu sucessor, António Costa, será a "União Europeia da saúde".
Costa apelou hoje a que todos os Estados-membros da União Europeia iniciem as campanhas de vacinação simultaneamente, para assegurar uma imunidade de grupo "à escala da UE".
A presidência portuguesa da UE arranca em 1 de janeiro, por um período de seis meses.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1 580 721 mortos resultantes de mais de 69,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.