Aceitar migrantes é "caminho para o inferno", diz PM checo
O primeiro-ministro checo Andrej Babis descreveu o pedido feito pela Itália aos parceiros da União Europeia para acolher parte dos 450 migrantes resgatados no Mediterrâneo como "o caminho para o inferno".
O primeiro-ministro checo mantém a política de não aceitar um único migrante, política partilhada com outros líderes dos países vizinhos, a Hungria, Polónia e Eslováquia (o grupo de Visegrado).
"O nosso país não aceitará nenhum migrante", tuitou, ao informar que tal como os outros líderes europeus recebeu uma carta de Conte. "Tal abordagem é um caminho para o inferno", classificou o pedido do governo italiano.
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A carta de Giuseppe Conte a solicitar a partilha dos migrantes
A justificação? "Só motiva os traficantes e aumenta os seus lucros", acrescentou o líder populista.
Babis diz que se deve "ajudar os migrantes nos países de origem, além das fronteiras da Europa, para evitar que empreendam sua jornada".
Na República Checa, 58% dos cidadãos defendem que não se deve receber migrantes de países devastados por conflitos, segundo uma sondagem publicada pela Academia de Ciências.
Itália recusa entrada de migrantes
O chefe do governo italiano Giuseppe Conte anunciou no sábado, "depois de um dia de telefonemas e contactos escritos com todos os 27 líderes europeus", que França e Malta iriam cada um acolher 50 dos 450 migrantes resgatados em dois navios (um navio-patrulha britânico, outro da guarda costeira italiana), que estão agora ao largo da Sicília.
O primeiro-ministro estava confiante que "muito rapidamente" outros países se mostrassem solidários.
A Alemanha também sinalizou que iria receber 50 migrantes, como Giuseppe Conte partilhou no seu Facebook.
"Vamos manter o rumo, com firmeza e no respeito pelos direitos humanos", escreveu.