Abatido um dos maiores elefantes africanos em caçada legal
Alemão pagou mais de 50 mil euros por caçada privada e conseguiu disparar sobre o animal
Há cerca de três meses, o leão Cecil foi morto numa caçada privada no Zimbabué: um dos mais acarinhados animais do país morreu às mãos de um dentista norte-americano, que pagou 40 mil euros para o atingir com arco e flecha. Grupos conservacionistas, amantes da natureza e de safaris ficaram em choque e procuraram chamar a atenção para o flagelo das caçadas legais, que não se compadecem de espécies raras ou em vias de extinção.
Agora, voltou a acontecer: um caçador alemão matou a tiro um dos elefantes maiores de África, que teria entre 40 a 60 anos e nunca tinha sido avistado no Parque Nacional de Gonarezhou, no Zimbabué. Segundo o Telegraph, a natureza excecional do animal foi confirmada pelo comprimento das suas presas, que pesavam mais de 50 quilos.
O elefante foi abatido no passado dia 8 de outubro numa caçada privada, tendo sido o caçador alemão acompanhado por um guia local que é conhecido por conseguir encontrar os maiores elefantes. Os organizadores da expedição não revelaram a identidade do indivíduo, que pagou cerca de 52 mil euros pela caçada, mas a sua imagem junto do guia e do elefante morto foi difundida e elogiada em fóruns de caçadores. Muitos garantem que o animal terá sido o maior em África durante 30 anos.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
Outras imagens da caçada foram divulgadas no Facebook por Anthony Kaschula, que gere um safari fotográfico no Parque de Gonarezhou. Segundo Kaschula, o animal nunca tinha sido visto na zona, mas teria sido celebrado pelos locais e visitantes com entusiasmo. "Não temos controlo sobre a caça furtiva, mas controlamos a política de caça, que deveria reconhecer que animais como este são mais valiosos vivos (para caçadores e não caçadores) do que mortos", escreveu o empresário.
A origem do elefante ainda não é conhecida e especula-se que possa ter vindo de África do Sul até ao Zimbabué, uma vez que não existe fronteira entre o Parque de Gonarezhou e o Parque Kruger. Os especialistas sul-africanos já estão a investigar as comunidades de elefantes para apurar a possibilidade de um deles se ter deslocado até ao Zimbabué.