A homenagem de Alexandria Ocasio-Cortez à criança imigrante morta na fronteira
Além de branco, em homenagem às sufragistas, quatro democratas usaram um 'pin' com uma foto de Jakelin Caal, a guatemalteca de sete anos que morreu quando estava sob custódia da polícia fronteiriça.
Alexandria Ocasio-Cortez, Rashida Tlaib, Ilhan Omar e Ayanna Pressley, quatro das novas congressistas democratas que entraram no Congresso no início deste ano, não se limitaram a vestir de branco durante o discurso do Estado da Nação de Donald Trump, numa homenagem às sufragistas. As três homenagearam também Jakelin Caal, uma guatemalteca de sete anos que morreu em dezembro depois de atravessar ilegalmente a fronteira com o pai, usando um pin com a fotografia da criança.
Jakelin foi detida junto com o pai e outros 160 imigrantes a 6 de dezembro, depois de terem cruzado ilegalmente a fronteira entre México e EUA. A primeira avaliação não detetou problemas médicos e o pai assinou um papel a dizer que ela não tinha qualquer doeça. Na manhã seguinte, a menina estava com febre e começou a ter convulsões. Mais tarde, no hospital em El Paso para onde foi levada de helicóptero, os médicos indicaram que não comia nem bebia nada há vários dias. Acabou por entrar em paragem cardíaca e acabaria por morrer de desidratação e choque.
As autoridades dizem que não tiveram a culpa da morte, com a secretária de Estado para a Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, a dizer que este era "um exemplo muito triste dos perigos desta viagem", que milhares de migrantes fazem. Outra criança, Felipe Gomez Alonso, um guatemalteco de oito anos, morreu no final de dezembro também sob custódia das autoridades fronteiriças.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Vamos levar Jakelin Caal para a sala connosco durante o discurso do Estado da União", escreveu Rashida Tlaib no Twitter, a caminho do discurso. "Eles disseram que 12 800 crianças estão em campos de detenção via locais contratados pelo governo federal. Agora, dizem que eram mais de 15 mil", indicou.