A cidade mexicana onde todos os polícias foram presos
Na passada quinta-feira, Fernando Ángeles Juárez, de 64 anos, foi morto a tiro por um grupo de homens quando saia da sua casa. Empresário de sucesso sem experiência política prévia, o candidato à presidência da Câmara municipal de Ocampo, no estado mexicano de Michoacán, juntou-se assim à centena de políticos assassinados no México na campanha para as eleições de 1 de julho.
No domingo, os 27 agentes da polícia destacados para a cidade de Ocampo, bem como o responsável local pela segurança pública, foram detidos pela polícia federal por suspeita de envolvimento na morte de Fernando Ángeles Juárez.
Terceiro político morto no estado de Michoacán em menos de uma semana, Fernando Ángeles Juárez "não suportava ver a pobreza, desigualdade e corrupção por isso decidiu candidatar-se", explicou ao El Universal Miguel Malagón, um amigo do empresário.
Depois do assassínio, o Ministério Público mexicano acusou o responsável pela segurança pública de Ocampo, Oscar González García, de envolvimento no crime. Mas quando agentes federais chegaram à cidade para o deter, foram travados pela polícia da cidade. No dia seguinte voltaram com reforços e detiveram todos os polícias e o seu chefe.
Algemados, os agentes foram levados para interrogatório na capital do estado, Morelia. Todos foram acusados de ligações a grupos criminosos.
Os mexicanos vão a votos a 1 de julho para escolher o sucessor do presidente Enrique Peña Nieto mas também para escolher o novo Parlamento, os governadores dos estados e presidentes de Câmara.