48 italianos multados por organizarem funeral na Sicília
A marcha fúnebre ocorria pelas ruas de Porto Empedocle, na costa sudoeste da ilha, quando foi interpelada pelos Carabinieri (Polícia militar), que tinham sido avisados por um transeunte, segundo relata a Ansa, agência noticiosa italiana.
Os 48 participantes no funeral, que resolveram desafiar as regras impostas pelo Governo italiano, vão ser julgados em Agrigento, uma pequena cidade próxima de Porto Empedocle, onde podem enfrentar entre coimas no valor de 206 euros a prisão até 3 meses.
Itália vive um período de grande restrição, em que todo o país se é considerado como "área protegida", e as medidas adotadas revestem-se de caráter drástico.
O Governo italiano divulgou uma lista de medidas de contenção social sem precedentes, contida num decreto do Conselho de Ministros, destinadas a impedir uma maior propagação do vírus que já matou, até final de segunda-feira, 463 cidadãos e infetou mais de 9.000 num período de 3 semanas.
Entre estas medidas, está a proibição de reuniões públicas. Da mesma forma que não são permitidos casamentos, também a realização de funerais é impedida.
O decreto aprovado pelo executivo italiano também prolonga o encerramento das escolas em todo o país até 3 de abril.
A quarentena em todo o território italiano prevê a proibição de concentrações, deslocações de pessoas dentro do país, a não ser que haja "necessidade comprovada", quer seja por razões de trabalho ou de saúde. Ou seja, os cidadãos terão de comprovar a imprescindibilidade do seu trabalho para continuarem a exercer a atividade, o estado de saúde e outras razões que justifiquem a necessidade de viajar para fora da área de residência.
Até ao momento, a ilha de Sicília regista um total de 54 mortes.