"Timeless", a série que, ao viajar no tempo, serve como aula de história

A nova aposta do canal AXN arranca esta terça-feira, às 22.15, e recupera o imaginário da máquina do tempo. No primeiro episódio, os protagonistas viajam até ao momento em que se deu a explosão do dirigível Hidenburg, no ano de 1937
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Os anos passam, a tecnologia evolui a passos largos e o Homem até já se prepara para ir a Marte, mas o imaginário em torno da máquina do tempo e da possibilidade de viajar até ao passado não se esbate. Este é o ingrediente principal de Timeless, a nova aposta do canal AXN, que se estreia hoje à noite no nosso país, pelas 22.15.

O cenário torna-se mais complexo, uma vez que à máquina do tempo encontra-se associado o efeito borboleta. Uma simples mudança no passado pode alterar de forma significativa a vida do comum dos mortais e, consequentemente, da humanidade. Este é precisamente o objetivo de Garcia Flynn (interpretado por Goran Višnjic) quando rouba o engenho: alterar o curso da história e destruir os EUA. É aqui que entram os três heróis da nova trama, incumbidos da tarefa de travar, ou pelo menos minimizar, os estragos causados por Flynn em décadas e até séculos passados: a professora de História Lucy Preston (Abigail Spencer), o soldado Wyatt Logan (Matt Lanter) e o cientista Rufus Carlin (Malcolm Barrett).

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"Eles viajam no tempo para tentar impedir que um criminoso altere alguns factos da História, que iriam transformar a realidade que conhecemos hoje. Mas quando eles regressam dessa viagem, a Lucy apercebe-se de que a sua vida sofreu mudanças radicais, o que nos faz perceber que uma pequena mudança no passado pode alterar muita coisa", revela em entrevista exclusiva ao DN Abigail Spencer, que já entrou em séries como True Detective ou Mad Men, sobre a série e a sua personagem.

Assinada pela dupla Eric Kripke (Supernatural) e Shawn Tyan (The Shield), o primeiro episódio de Timeless viaja até 1937, ano em que ocorreu a explosão do dirigível Hindenburg em Lakehurst, Nova Jérsia (EUA). O acidente causou a morte a 35 pessoas, mas nesta série os números vão ser diferentes, graças à interferência de Flynn e dos três outros tripulantes que vão tentar que o curso natural da história não seja alterado, o que não será possível na totalidade.

Também em exclusivo para o DN, Matt Lanter, que veste a pele do soldado Wyatt, não tem dúvidas de que Timeless "é uma lição de história, porque quem vê aprende sempre qualquer coisa". Opinião que é partilhada por Abigail Spencer. "Esta série tem sido uma verdadeira aula de História para mim, tenho aprendido várias coisas e em cada episódio descubro outras novas, sobre uma determinada altura da História. Fez-me aperceber de que ainda tenho muito para aprender", realça.

Um artigo publicado no The New York Times e assinado por Mike Hale também destaca esta particularidade de Timeless, não obstante o facto de se tratar de um formato de entretenimento. "A série oferece-nos uma lição de História. Eu não sabia que o irmão de John Wilkes Booth salvou a vida do filho de Abraham Lincoln menos de um ano antes de este último ter sido assassinado, mas sei-o agora, graças a Timeless".

Cada episódio é uma surpresa para o espectador, que tanto pode assistir a acontecimentos que marcaram a história mundial na década de 30, como assistir a factos que ocorrem nos anos 60 ou até mesmo no século XIX. "É a minha parte favorita. A minha mãe fazia todas as minhas roupas quando eu era criança, o que fez com que desenvolvesse uma paixão muito grande por moda. Adoro roupas antigas e até coleciono peças vintage. Uma das coisas que mais gosto no facto de ser atriz é poder vestir-me de diferentes formas e nesta série tenho oportunidade de fazê-lo em cada episódio", justifica a atriz que dá vida à professora Lucy.

No caso de Matt Lanter, que para compor a sua personagem fez um extensivo trabalho de pesquisa sobre o universo militar, a parte mais gratificante e desafiante de Timeless é o facto de ser "um grande projeto" e uma série que combina "aventura e ação".

Em Timeless, a máquina do tempo apenas viaja ao passado, não ao futuro, e os diferentes períodos da história apenas podem ser visitados uma vez. "Quisemos conferir a esta série um cunho mais histórico, aventureiro e romântico em vez de científico. Não estamos interessados no futuro", frisou Eric Kripke ao The Hollywood Reporter.

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