Paulo Catarro deixa RTP ao fim de 27 anos
O até agora correspondente em Angola da estação pública de televisão vai "fazer uma pausa" na atividade jornalística. "Não sei se voltarei ao ativo mas para já, quanto a jornalismo, chega!", diz
Paulo Catarro vai deixar a RTP ao final de 27 anos ao serviço da estação pública. O jornalista diz que a decisão foi "muito ponderada" e que o leva "a fazer igualmente uma pausa" na atividade jornalística. "Não sei se voltarei ao ativo mas para já, quanto a jornalismo, chega!", anunciou na sua página de Facebook o correspondente da RTP em Angola, função que desempenha desde 2009.
"Saio de consciência tranquila. Não seria o que sou hoje sem a RTP mas também lhe dei tudo o que podia e o que sabia", acrescenta, recordando que ao final de quase três décadas de dedicação "houve coisas menos boas, claro", mas que o que "aconteceu de positivo supera largamente aquelas pequenas coisas que por vezes nos magoam".
Catarro despede-se mencionando "o papel da Rádio Renascença, e dos seus profissionais" na sua "formação de homem e jornalista". Foi nessa estação, diz, que adquiriu "as bases para poder singrar na carreira e na TV". "Sem desprimor para ninguém, deixem-me salientar o papel do Ribeiro Cristóvão", frisa o jornalista.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
"Quanto à RTP, só posso dizer bem restando-me agradecer aos meus colegas jornalistas, operadores de imagem e edição, pessoal dos estúdios, comentadores de programas, pessoal dos exteriores, diretores, administradores, enfim, todos aqueles que conheci nestes 27 anos e que me permitiram aprender, muito, e conhecer imenso do mundo e das pessoas", sublinha ainda Paulo Catarro.
No seu comunicado, o jornalista deixa "uma última palavra para Angola". "Vivi neste país os últimos oito anos no que foi uma experiência de vida sensacional tanto no aspeto profissional como pessoal. Aqui confirmei que é possível ser feliz com pouco, às vezes muito pouco! Agora chegou a altura de tentar novas experiências. Parafraseando um dos comentadores com quem mais privei, Pedro Santana Lopes, "vou andar por aí...", termina.