Matt Ryan: "The Halcyon é diferente de Downton Abbey"
O ator falou com o DN sobre a série apontada como uma das sucessoras da trama de sucesso britânica e sobre o papel de jornalistas que desempenha na mesma
Comecemos com a dúvida que importuna espectadores e críticos de televisão: The Halcyon é a nova Downton Abbey?
Acho que as pessoas que adoraram Downton gostam certamente de The Halcyon. Mas esta é diferente. É um drama com ação rápida, músicas da época [jazz dos anos 1940] e em torno de relações misteriosas que se vão desvendando.
É uma trama em torno dessas relações, a maioria entre empregados e patrões, ou sobre a influência da Segunda Guerra Mundial na sociedade britânica?
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Digamos que é a história das relações entre pessoas de vários estratos sociais e a forma como elas aprendem a sobreviver, a coexistir e a manter-se fortes face a um dos períodos mais terríveis da história do homem.
A sua personagem, Joe O"Hara, é jornalista. Como se preparou?
Pesquisei a vida e o trabalho de vários jornalistas da altura, incluindo Edward R. Murrow [repórter norte-americano], no qual o Joe é ligeiramente baseado. Foi como se tivesse regressado à escola e desse a mim mesmo uma lição de história sobre a Segunda Guerra. Tentei perceber o estado de espírito de quem viveu nesse período de atrocidades.
Logo no primeiro episódio percebe-se que uma das missões do Joe não é apenas incluir na narrativa uma perspetiva da audiência, mas também juntar todas as peças. Concorda?
Ele é definitivamente um outsider. Vê os acontecimentos de forma diferente, de um ponto de vista norte-americano. E é apaixonado pelo povo britânico e pela sua coragem e capacidade em manter a calma e prosseguir com a vida. E acaba por ter um sentimento de dever para com as pessoas que vai conhecendo.
O que torna as séries históricas atrativas numa altura em que a TV está recheada de vampiros, zombies, pessoas com poderes especiais?
Penso que é por terem um lugar especial no coração dos espectadores. É a forma como as pessoas se relacionam, a moda, os cenários. Será nostalgia?