Maniche abandona programa e deixa Canal 11 após discussão em direto com diretor da TV

Tudo aconteceu na terça-feira à noite no programa "Futebol Total", após uma apreciação negativa a Meité, do Benfica, que mereceu um reparo do pivô Pedro Sousa. Maniche já reagiu ao sucedido nas redes sociais
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Uma discussão sobre a exibição de Meité, jogador do Benfica, no final do jogo da Champions entre as águias e o Ajax, que a equipa portuguesa venceu por 1-0, levou Maniche, ex-jogador e comentador do programa "Futebol Total", do Canal 11, a abandonar o estúdio e a deixar a estação televisiva.

O antigo jogador do FC Porto, Benfica e Sporting, entre outros, considerou que Meité fez uma fraca exibição e argumentou que o jogador não tinha valor para representar o Benfica. Uma opinião que levou Pedro Sousa, pivô do programa e diretor do canal 11, a rebater a afirmação. A partir daí gerou-se uma intensa discussão entre ambos. "Não te vejo a falar de outros jogadores da maneira como desconsideras este jogador e não aceito isso. Não admito isso a ninguém", atirou Pedro Sousa.

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Maniche, entretanto, recorreu às redes sociais para dar a sua versão dos factos, deixando fortes críticas a Pedro Sousa. Refira-se que o jornal Record noticiou que o ex-jogador abandonou o programa visivelmente alterado, tendo até causado danos no estúdio. Questionado pelo DN sobre esta situação, o jogador não se quis alongar em comentários: "Saí irritado sim, foi uma zanga rápida. Mas não vou falar mais sobre o assunto, que está entregue aos meus advogados."

Eis a resposta de Maniche nas redes sociais.

"Aos espectadores do Canal 11 e aos meus seguidores e amigos. A todos os que desde ontem me enviaram milhares de mensagens de apoio. A todos os que assistem ao programa Futebol Total, cuja camisola vesti com orgulho, no maior interesse do comentário isento a este desporto que é nossa alma e paixão.

Ao contrário de outros, e como ex-jogador, primei sempre, antes de qualquer partidarismo clubista, pela defesa do Jogador. O 'jogador de futebol' que é sempre a parte da história mais devassada, a que mais sofre pela crítica, tantas vezes desumanizada, nunca desculpabilizada. Não critico jogadores, não os desumanizo. O que se nos solicita, é uma opinião. Tenho direito à minha.

Assim, não podia agir com passividade perante a atitude Machartista de um pivô, travestido de analisador purista, que atua como 'lápis azul', vergonhoso símbolo da censura e da ditadura portuguesa, onde os cortes têm por objetivo impedir e limitar as tentativas daquilo que este pivô considera subversão. Não obstante, manifestou-se, ele próprio, livremente, ao longo de mais de dois anos de emissão, de formas que considerei muitas vezes ofensivas à integridade de jogadores, clubes, dirigentes, dos outros comentadores, de amigos meus e em última análise, ontem, de mim próprio.

Em tempos como estes, mais do que nunca, falta de liberdade de expressão, NÃO PASSARÁ".

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