É mesmo verdade: A Apple torna os iPhones mais lentos

A empresa decidiu implementar a funcionalidade que acaba por tornar os telemóveis mais lentos, quando estes apresentam baterias velhas, baterias com pouca carga, ou quando estão frios

A Apple veio confirmar esta quarta-feira o que muitos desconfiavam: a empresa torna os iPhones antigos mais lentos.

Na segunda-feira, dia 18 de dezembro, a empresa de software Primate Labs - detentora do Geekbench, medidor de eficácia de processadores - publicou um estudo que mostra que o iPhone 6S e o iPhone 7 vão ficando mais lentos, à medida que o tempo passa.

Em comunicado à Reuters, a Apple admitiu que toma medidas para reduzir o consumo de energia dos telemóveis - o que pode ter como consequência abrandar o processador do aparelho - quando se detetam problemas nas baterias, que se vão degradando ao longo do tempo - o que não acontece unicamente nas da marca.

Por isso, a empresa decidiu implementar a funcionalidade que acaba por tornar os telemóveis mais lentos, quando estes apresentam baterias velhas, baterias com pouca carga, ou quando estão frios. A ideia surgiu no final de 2016, quando vários iPhones começaram a desligar-se abruptamente - isto acontece quando o processador do telemóvel precisa de corrente máxima e a bateria apresenta más condições.

Esta funcionalidade começou a ser incluída nos telemóveis a partir do iPhone6, seguindo-se o 6S, SE e, no último ano, o 7 com a operadora iOS 11.2. A empresa prevê estendê-la para os próximos produtos que se seguirão.

Para os consumidores, não se trata de uma funcionalidade, mas de um "erro" e justificam-no como "obsolescência programada", isto é, uma forma da Apple fazer com que os clientes necessitem de comprar as versões mais recentes do iPhone, refere o The Guardian.

No entanto, um porta-voz da Apple, citado pelo jornal britânico, afirma que "o nosso objetivo é proporcionar a melhor experiência aos nossos consumidores, o que inclui um desempenho geral e o prolongamento de vida dos produtos".

A solução para o problema é trocar a bateria, que tem um custo de 79 dólares - cerca de 66 euros - quando o telemóvel está fora da garantia.

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